Aconteceu em Timon. Foi em uma campanha eleitoral e naquela
época a Justiça permitia shows, distribuição de camisetas, brindes... bem, você
deve lembrar desse tempo. Eu e J. Rodrigues apresentávamos os comícios do então
candidato a Deputado Estadual, Antônio Bacelar. Naquela noite a grande atração
era nada mais, nada menos que Alcione Nazaré, a Marrom, a mais conhecida
artista maranhense. O clima era de expectativa, de todos nós e, principalmente,
do público que lotou a Rua 100 para ver a “estrela” Alcione.
Depois do comício, arruma pra lá, pra cá..., até que fomos
autorizados a anunciar, juntos, em uma só voz, a entrada triunfal da Marrom. Já
pensou no orgulho que sentimos. Dois locutores do interior do Maranhão anunciando
uma das maiores cantoras do Brasil. Foi demais! Mas, o que estava para vir,
você não imagina...
Alcione Nazaré chegou dando bordoada em todo mundo da equipe
técnica e músicos. Parecia estressada, cansada. E, sobrou, também, para os
humildes locutores do interior: o que Eles fazem aqui? Perguntou Ela para
alguém. Mesmo, assim, ficamos. Era um sonho ver de perto pessoa tão ilustre.
A insatisfação de nossa artista parecia não ter limites,
pois até o público levou bordoada. Não sei se Alcione agiu daquela forma só
naquela noite, ou se faz parte da personalidade, ou se Ela é deselegante
daquele jeito. O certo é que foi uma tremenda decepção conhecê-la. Continuo
admirando o talento, a pessoa não.
Quando olhei, Alcione, cantando o Hino Nacional em um
movimento contra o Maranhão não fiquei surpreso, somente lembrei aquele dia em
Timon. É, Assim! “Todo mundo canta a sua terra, Eu, também vou cantar a
minha...”
Foto: agendadosamba.com
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