sexta-feira, 11 de outubro de 2013

AULAS DE HISTÓRIA LOCAL

Como Historiador-especialista em História do Brasil- sinto-me agradecido ao Blogueiro Samuel Bastos, diga-se Portal Gaditas, pela relevante contribuição histórica que está sendo servida, de bandeja, aos nossos estudantes, estudiosos e amantes da História de Coelho Neto. As postagens, narrativas de acontecimentos ou biográficas, dos antepassados locais são uma forma de demostrar que as transformações que ocorrem nas sociedades ao longo do tempo são fruto das ações e feitos do Homem. É uma forma inteligente de ensinar a nossa História. Parabéns, Samuel Bastos! Confira abaixo uma das postagens:

O Maranhão, entre os anos de 1935 e 1965 ainda era a base geral da coronelada, via de regra o poderoso dono da terra, da bela casa de engenhos e muitíssimos agregados. Essa falange de “coronéis” sem patente foi o apanágio do vitorinismo maranhense, responsável pela permanência do PSD no governo, por tantos e tantos anos, não só no Maranhão, como em todo o país.
Nosso Estado se orgulhava de ter chefes políticos e correligionários pessedista de forma e do prestígio dos Bogéa em Lago da Pedra, dos Pedrosa em Santa Quitéria, dos Bacelar no Brejo, dos Farias no Buriti, dos Archer em Codó, dos Barros em Caxias, dos Teixeira em Pastos Bons, dos Alvim em Timbiras, dos Lobos e Jansem em Coroatá, dos Sá em Pedreiras, dos Gomes em Vargem Grande, dos Almeida em Chapadinha, dos Monteles em Anapurus, ou dos Garreto em Mata Roma.
Em Coelho Neto pontificou os Bacelar, capitaneados pelo Coronel Duque (foto), sucessor na linha política, dessa outra estirpe de coronéis da República Velha, os Nunes.
A partir de 1946, Duque Bacelar tomou as rédeas do mando em Coelho Neto, primeiro fazendo nomear uma filha para a Prefeitura e em seguida ele mesmo eleito Prefeito (1947-1951).
Em 1947 elegia a ex-prefeita Dalva (foto) sua filha para a Assembléia Legislativa e a partir de 1950, seu filho Raimundo Bacelar.
Na Prefeitura estiveram além do pai Duque Bacelar, os filhos Dalva Bacelar, Antônio Bacelar (foto) e Afonso Bacelar.
Magno Bacelar, outro filho, foi primeiro deputado estadual, e depois federal em várias legislaturas, além de senador da república e por último prefeito de Coelho Neto.
Quando a junta revolucionária se apoderou do palácio do governo em São Luís, em outubro de 1930, não ficou nada registrado a respeito das medidas adotadas em relação ao Curralinho.
*COUTINHO, Milson de Sousa. A Cidade de Coelho Neto na História do Maranhão. 1985.

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