sábado, 1 de março de 2014

POEMA DA INGRATIDÃO

É carnaval... mas, como começamos, aos sábados, a publicar poemas da pequenina safra deste blogueiro, não poderíamos deixar de contemplar os nossos leitores com o poema da ingratidão. Bem, como já disse em outra oportunidade, na poesia existe algo inexplicável. Às vezes o poema enquadra-se, perfeitamente, com o momento que se vive e em outras, não surte o menor efeito. Espero que este não reflita o que Você está passando! 


POEMA DA INGRATIDÃO
        Carlos Machado

Quando tudo acaba
A ingratidão é a paga
Quando se perde um grande amor
Ninguém escapa sem dor

Respira-se angústia
A insônia é tormento
O sofrimento é gritante
E não aceita calmante

 O Choro é abafado
 De madrugada não cala
 E a noite que passa
Traz um sol sem cor

Comida sem gosto
A lágrima é de desgosto
A mente fica doente
Nasce um moribundo clemente

Saudade espeta o corpo
Coração sente o aborto
Não se pensa em esquecer
Vem à vontade de sofrer

Quando se imagina retidão
Que se descobre a traição
Quando falta consideração
Não há maior ingratidão

Janeiro de 2014





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