Ouvi alguém dizer hoje cedo, quando o Brasil começava a
chorar a morte dos profissionais da Chapecoense (e outros seres humanos),
vítimas de acidente aéreo na Colômbia, que “foi Deus que quis assim”. Não
acredito que tão grave ocorrido tenha sido imposto pela providência divina. Não
posso crer que o criador de vidas seja responsável por tantas mortes e pela
destruição de tantas famílias. O homem, a fatalidade, o acaso e o próprio Satanás
podem produzir coisas ruins, traumáticas e destrutivas. Deus não ficaria vendo
tudo acontecer e de forma impassível nada fazer para evitar tamanha crueldade.
Deus não é omisso, não é cruel. A intensa luta entre o bem e o mal produz
efeitos às vezes incompreensíveis. Esperemos pelo tempo, local onde essa
gigantesca batalha se trava, para pudermos apontar o dedo acusatório. E, no
mais lamentar o fim de tantas vidas boas e produtivas, solidarizando-me com os
familiares e amigos dos que eu não conheci, mas que faziam parte desse
“mundinho” cheio de incertezas e imprevisibilidades. Enquanto isso, ainda tem
gente arrotando arrogância e prepotência, humilhando os humildes e
necessitados, surrupiando, matando, esfolando o dedo para quem sofre, querendo
levar vantagem em tudo. De instantes em instantes somos levados a refletir
sobre o que pode acontecer conosco daqui a um segundo. Porém, e apesar dos
exemplos, uma boa parcela dos humanos (incluindo os políticos brasileiros)
continuam inertes em suas conchas de orgulho, achando que são imunes ao evento
seguinte.
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