O deputado
federal Edson Moreira da Silva (PR-MG), que foi responsável pelo inquérito do
desaparecimento de Elisa Samudio afirmou que a soltura do goleiro Bruno
Fernandes, 32, pode encerrar de vez a possibilidade de encontrar o corpo de
Samudio. "Com a liberdade dele, o corpo nunca mais vai ser encontrado. Ele
não vai deixar", disse Moreira.
O ministro
do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello concedeu habeas corpus
para soltar o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza, 32, preso desde
2010. Ele foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime
fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a
ex-amante, Eliza Samudio, além de sequestro e cárcere privado do filho que ele
teve com Elize.
O
ex-delegado disse que Bruno continuaria influenciando as pessoas que poderiam
falar sobre o assunto, a maioria delas presa. Moreira criticou ainda a decisão
do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio de Mello,
responsável pela decisão que soltou o ex-goleiro: "É polêmico por
natureza".
"Estou
muito chateado com essa decisão. A polícia fez o seu trabalho. Fez um trabalho
perfeito na reconstituição do crime, do sequestro, da morte e da ocultação do
cadáver. É preciso que a Justiça faça a parte dela", afirmou o deputado.
Para
Moreira, o ministro Marco Aurélio não considerou a gravidade dos crimes
cometidos por Bruno. "Não faz sentido (a concessão da liberdade a Bruno).
Foi uma decisão falha, que não se fundamentou na gravidade dos crimes. O
ministro, inclusive, foi um dos que votaram a favor de um réu em segunda
instância ser preso imediatamente. Como toma essa decisão agora? Isso é
contraditório", afirmou o parlamentar.
Para o
ex-delegado, "a mensagem dessa soltura é de que o crime compensa. Que se
pode fazer de tudo, matar, estuprar, e ficar impune. Bruno deveria cumprir todo
o tempo de prisão que recebeu por ter cometido esse crime bárbaro"
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