terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

AMEBA QUE ‘COME CÉREBRO’ PODE SER ENCONTRADA NO BRASIL

O nome dela é Naegleria Fowleri e ela faz parte de um grupo chamado amebas de vida livre, que pode ser encontrado na natureza. No caso da “comedora de cérebro”, ela pode estar presente em piscinas aquecidas que não foram devidamente tratadas, poças, lagos, córregos, no solo e até mesmo em grãos de poeira.

Não são todas das amebas de vida livre que causam problemas para o nosso organismo, mas a Naegleria Fawleri pode ser perigosa. O apelido de “devoradora de cérebro” não foi dado à toa. Ela entra no corpo humano pelo nariz, quando uma pessoa mergulha e aspira água, e atinge o sistema nervoso central – vai para o cérebro.

O parasitologista Danilo Ciccone Miguel, do Departamento de Biologia Animal da Unicamp explica que, em pouco tempo, essa ameba causa uma infecção no cérebro e nas membranas que fazem parte do sistema nervoso, o que leva a hemorragias e edemas. Esta doença é chamada de meningoencefalite amebiana primária (MAP) e os primeiros sintomas podem aparecer uma semana depois do contágio. A doença tem um curso muito rápido e pode levar à morte em uma ou duas semanas após a exposição.

No Brasil, existem diversos tipos de ameba de vida livre, inclusive a Naegleria fowleri. Apesar disso, a comunidade científica não registra casos de contaminação em humanos. De acordo com Ciccone Miguel, já foram registrados pelo menos cinco casos de infecção por amebas de vida livre, porém, para apenas um caso confirmou-se que a espécie Naegleria fowleri foi a responsável pela morte do indivíduo. Mesmo assim, este caso ainda é considerado contraditório. O que se pode afirmar com certeza é que em 2009 foi confirmada a morte de um bezerro por meningoencefalite causada pela ameba comedora de cérebro no Estado da Paraíba.

Esse tipo de ameba vive em águas mais aquecidas e é resistente a altas temperaturas, suportando um aquecimento de até 45º C. Para evitar o contágio, o ideal é não nadar em lagos ou lugares de água parada. Se for fazer, o melhor é proteger o nariz para evitar que a ameba “comedora de cérebro” entre no organismo. Vale ressaltar que uma pessoa infectada não é capaz de transmitir este parasita para outra pessoa.

Fonte: R7

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