terça-feira, 31 de março de 2020

A GRIPE ESPANHOLA

A Gripe Espanhola se espalhou por várias regiões do mundo como um surto pneumônico muito grave, classificado como pandemia. A doença teria matado milhões de pessoas entre os anos de 1918 e 1919 no mundo inteiro. Trata-se da mais forte pandemia que atingiu os seres humanos até hoje, causada por uma gripe H1N1, do vírus influenza A, porém com um potencial destruidor incomum.

O nome Gripe Espanhola se deve ao fato de vários órgãos de imprensa espanhóis terem divulgado informações sobre a doença. Na época da Primeira Guerra Mundial, a Espanha era classificada como um país neutro e sem envolvimento e, por isso, mantinha uma imprensa livre, sem censura, e podia noticiar com liberdade as informações sobre a pandemia. Conforme a gripe foi se espalhando, ela ficou conhecida como gripe espanhola.

O surto da doença começou, curiosamente, no Texas, nos Estados Unidos, em 1918. Chegou a Nova York em menos de uma semana e, em abril do mesmo ano, já estava na Europa, pegando em cheio o exército da França, dos EUA e da Inglaterra, todos envolvidos no conflito da Primeira Guerra Mundial.

Na sequência, outros países europeus foram tomados pela doença, como Espanha, Grécia, Noruega, Portugal, Dinamarca, Suécia e Holanda, finalizando a primeira onda da gripe, com um pequeno índice de mortes.

Porém, em agosto do mesmo ano, uma nova onda da Gripe Espanhola começou atingindo o ápice entre setembro e novembro, época de temperaturas mais amenas nos países do hemisfério norte, o que teria ajudado a piorar ainda mais os sintomas da gripe provocada nesta ocasião por um vírus bem mais forte do que o que se espalhou na primeira onda.

A segunda fase da Gripe Espanhola atingiu lugares do mundo inteiro, entre eles Estados Unidos, Europa, Japão, América Central, América do Sul, África, China e grande parte da Ásia. O número de mortos foi extremamente elevado.

Outra onda da Gripe Espanhola atingiu diversos países em 1919, sendo a terceira e última ocorrência. A virulência da gripe foi tão grande que se acredita que aproximadamente 50% da população da Terra tenha sofrido de alguma forma com a doença.

Como os dados da época são muito imprecisos, sabe-se que morreram por causa da doença até 40 milhões de pessoas. Foi, sem dúvida, uma das piores ocorrências da história da humanidade até os dias de hoje. 

Fonte: Grupo Escolar

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