quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

ENTRE DEUS E BOLSONARO: A VACINA CONTRA O CORONAVÍRUS

No Brasil, não são poucos os tipos de vacinas utilizadas pela população: Vacina contra Tuberculose (BCG); Vacina oral contra Poliomielite ou Paralisia Infantil (VOP); Vacina contra Difteria, Tétano, Coqueluche e Meningite; Vacina contra Sarampo, Rubéola e Caxumba; Vacina contra Hepatite B; Vacina contra Febre Amarela; Vacina contra Gripe (Influenza); Vacina contra Pneumonia (Pneumococo). Faltou alguma?

De verdade, não conheço uma viva alma que não tenha tomado uma dose de alguma dessas vacinas. Somos um país que tem a tradição de vacinar e um sistema vacinatório bastante eficiente, diga-se de passagem, comandado pelo Sistema Único de Saúde- o SUS. E, agora, por qual razão a celeuma com as vacinas contra a Covid-19?

O Instituto Datafolha fez uma pesquisa, entre os dias 8 e 10 de dezembro, por celular, com 2.016 pessoas e obteve a seguinte informação: 73% dizem que pretendem tomar a vacina contra Covid-19, e 56% acham que ela deve ser obrigatória; 22% dizem que não tomarão o imunizante e 43% são contra a obrigatoriedade.

Apesar do percentual pequeno dos que dizem não tomar, segundo a pesquisa-(22%), considero muita gente negando a importância da vacina e preferindo o risco de morrer e infectar outros, porque esses também são contra o isolamento social e o uso de máscaras. Por quê? Qual dos negacionistas não tomou nenhuma das vacinas acima? E por que incentivar outras pessoas a seguiram o caminho da intransigência, desprezando a importância da ciência e a necessidade premente da vacinação em massa?

Medo de virar zumbi, jacaré, contrair doença grave após a imunização são algumas das teses. Mas, mais grave é a manipulação do discurso da fé, da fé em Deus- como se Deus tivesse vindo dizer para alguém não se vacinar. Gravíssimo, no entanto, é acreditar ou ouvir os conselhos de um presidente insano, débil e incapaz de sentir algum tipo de emoção, de sensibilizar-se com a dor do outro, com a dor dos familiares dos mais de 200 mil mortos na guerra da pandemia. Entre Deus e Bolsonaro, fico com Deus, porque Deus é sensível, é sábio, e capaz até de perdoar os pulhas da política. Fico com Deus porque tenho fé e a certeza que Ele não quer que seus filhos morram por ignorância.

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