quinta-feira, 1 de julho de 2021

VILA PIMENTEIRAS: UM CASO DE INSENSIBILIDADE

 

Quem visita hoje a Pimenteiras e a Vila Pró-Álcool fica emocionado ao ver que as moradias estão sendo devoradas pelo tempo, pelo cupim, pelo vandalismo e pela falta de manutenção. Tudo se acabando, ou tudo acabado. Das dezenas de casas (não sei o número exato) que serviam de moradia para centenas de famílias restam algumas poucas em condições de habitabilidade, e tão, somente, por causa da teimosia de pouquíssimos moradores que permanecem por lá e acompanham o fim de um sonho.

O Grupo Industrial João Santos fechou os olhos e permitiu que as vilas morressem. É um caso agudo de insensibilidade, o que parece ser peculiar aos seus dirigentes. Pois, se houvesse um mínimo de empatia muitas famílias que não tem aonde morar estariam debaixo de um teto. Para isso, poderia terem sido feitos contratos de aluguel, gratuitos, por longo prazo, contratos de aluguel a preço baixo ou doações definitivas. Tudo seria possível se o dono assim quisesse.

Com o déficit habitacional que assola o Município, aliado à pobreza crescente da população, aumenta o número de pessoas morando em condições precárias ou sub-humanas. Muitos poderiam dizer: mas, quem é que vai morar na Pimenteiras? “Quem calça o sapato sabe onde aperta”. São coelhonetenses que não tem condições de pagar aluguel ou construir um lar. As casas das Vilas seriam a salvação ou a oferta de um pouco de dignidade para muitos que fizeram do Grupo João Santos a potência econômica que foi, que tudo levou daqui e, quase, nada deixou.

 

Imagem: Terezinha Araújo- facebook


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