Quando em meados de 2020, as
hostes oposicionistas alcunharam Bruno Silva de “menino do FUNDEB”, tinham como
certo que o envolvimento do filho do ex-prefeito no desvio de recursos da
educação, segundo denúncia do MPF/MA (veja abaixo), levaria os eleitores a
repugná-lo. Que nada, num jogo de marketing inteligente, retiraram o FUNDEB do
menino e a vitória nas urnas foi acachapante.
Desde o início da gestão, no
anúncio de alguns dos nomes da estrutura administrativa (e depois), ficou claro
que interesses escusos se sobrepunham à moralidade, o fedor de corrupção
exalava. Analogamente, imaginemos a prefeitura sendo um oásis, e que em vez de
uma fonte perene só existisse um pote de barro e a sede dos sobreviventes
insaciável, depois de quatro anos no deserto. Com pouca água e muitas bocas
sedentas seria óbvio que o pote quebraria, e quebrou, rapidamente, espalhando cacos.
Um deles é o escândalo da folha de pagamento.
Com 79% de aprovação, segundo
pesquisa divulgada pelo Governo, Bruno Silva surfava nos créditos da veneração.
Até os mais céticos já ofereciam a mão para a palmatória: o “menino” era um
misto de “amor ao trabalho” e honestidade. Mas, nada que uma tramoia regada a
nepotismo e o beneplácito do gestor aos “mais chegados” não insuflasse a “massa”
necessitada. E, hoje, quem não tinha a audácia de questionar já externa a
vergonha pelo escândalo. Facebook e whatsapp são testemunhas.
Nascido e criado usufruindo das
benesses do poder, Bruno Silva, acendeu a luz amarela ao anunciar que doaria o
salário de prefeito aos pobres. O escândalo da folha e a relação escabrosa com
o legislativo, mostra que ele é, somente, o mais do mesmo. Nada de diferente.
Por esse caco (folha de pagamento) é que o prefeito “menino” encolheu,
mostrando o seu real tamanho. Oxalá, não surjam outros cacos com o vento
assoprando na areia do deserto.
No caso denúncia do MPF/MA, citado acima, acesse: https://mpf.jusbrasil.com.br/noticias/441861818/mpf-ma-propoe-acao-de-improbidade-contra-ex-prefeito-de-coelho-neto
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