terça-feira, 12 de janeiro de 2021

MESOPOTÂMIA, RENASCIMENTO E ATÉ OS DIAS DE HOJE: A HISTÓRIA DA PROSTITUIÇÃO EM 5 FATOS

Representada em filmes de Hollywood, na Bíblia e em tábuas da antiguidade, a prostituição é conhecida como uma das mais antigas atividades do mundo. A troca de sexo por dinheiro ou mercadoria já foi até mesmo descrita como "absolutamente indispensável ao mundo" em 1358, em um decreto emitido pelo Conselho de Veneza.

Tomás de Aquino, por exemplo, escreveu que a "prostituição nas cidades é o mesmo que os banheiros dos palácios. Tire-os e os palácios serão destruídos pelo fedor e pela putrefação". Com toda a problemática envolvida, ela acompanhou a história humana e persiste até os dias de hoje

5 fatos sobre a história da prostituição.

1- Surgimento

Acredita-se que os primórdios da troca de sexo por dinheiro ou mercadoria estejam nas antigas civilizações da Mesopotâmia. Pesquisadores já encontraram tábuas de barro sumérias, que remontam de 2400 a.C. e demonstram uma representação de deusa do amor, o que pode estar ligado à prostituição tanto feminina quanto masculina. 

A prostituição expandiu-se pelas regiões mais próximas, estabelecendo-se no começo no Egito, Índia, e mais tarde Grécia, estreando no Ocidente pela primeira vez. Foi a partir do rápido aumento populacional, urbano e migratório que a prostituição cresceu cada vez mais. Um exemplo é o do Império Romano, no Japão de 1700.


2. Motivos

Historiadores apontam que a prostituição foi tomada como uma solução pelos antigos, nas primeiras civilizações da humanidade. Ela seria a resposta para o dilema social criado pela promiscuidade masculina: com a criação de casas públicas destinadas à prostituição, supostamente implementadas pelo legislador Sólon. Isso teria oficializado a prática. 

"Muitos duvidam da veracidade dessa informação, mas a história, mesmo que factualmente não verdadeira, sugere que a prostituição era aceitável, visível e tinha ao menos um alto nível de legitimidade em Atenas durante o período clássico", explicou Thomas McGinn, escritor da obra Prostitution, Sexuality, and the Law in Ancient Rome (Prostituição, sexualidade e a lei na Roma antiga).


3. Cristianismo

Nas antigas civilizações, a prostituição chegou a ser uma prática habitual. No entanto, com o crescimento do cristianismo nas sociedades, uma visão conservadora começou a se propagar, transformando a prática em pecado. Ainda assim, como é possível perceber, ela não desapareceu completamente.

Os prostíbulos continuaram existindo ao longo da Idade Média, e muitos padres, mesmo que fossem representantes da Igreja Católica, financiavam o financiamento de alguns desses locais. Colocando alma nas prostitutas, elas passaram a ser perseguidas e transformadas em pecadoras.


4. Renascimento

Ao longo dos séculos 16 e 17, mulheres que atuavam na prostituição começaram a exigir cada vez mais dinheiro pelo trabalho, deixando as os bordéis e os banhos públicos. Chamadas de cortesãs na Europa Ocidental, elas dominavam o cenário e tinham um rígido código de conduta. 

Durante o renascimento, algumas capitais começaram a tentar regular a prostuição: Berlim, por exemplo, estabeleceu aposentadoria para prostitutas. Com mais benefícios, elas deixaram de ser mulheres públicas e não mais estavam disponíveis a todos, podendo frequentar os clientes principalmente em tabernas.


Cada vez mais urbanas e requisitadas, elas passaram a ser parte da vida urbana da Europa, apresentadas com salto alto, brincos, colares, meias arrastão e penhoares de tule. Com o crescimento de Paris como centro da boemia durante a Belle Époque, a prostituição também aumentou.

Essas mulheres eram as protagonistas de romances e pinturas expressionistas, eternizadas por Balzac e Manet, por exemplo. Na época, bordéis de luxo começaram a se estabelecer nas cidades, trazendo uma conduta rigorosa exigida para as moças, que aumentavam cada vez mais. 

A prostituição acompanhou a história da maioria das sociedades, existindo até os dias de hoje, a partir de adaptações de período histórico. Ela é até mesmo regulamentada em alguns países, mas ainda acompanha uma problemática enorme sob a análise de contexto social.

Fonte: AH

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