No Governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) havia na
Câmara de Deputados um feroz oposicionista. Como deputado federal, ele comandou
a votação do PT contra todos os bons projetos do governo para o Brasil. Mesmo
sendo contra o Brasil, tinha um espaço gigantesco nos meios de comunicação. Era
ligar a televisão no horário dos jornais e lá estava ele a berrar contra a
corrupção. Era abrir as páginas dos jornais mais importantes do país e lá
estava ele a se escabelar contra a falta de moral e de ética.
Quem era esse deputado, para usar uma babaquice dos
tempos atuais e medíocres, “do bem”?
Sim, o homem mais honesto desde que a República foi
proclamada no Brasil: José Genoíno (PT).
O PT virou governo e esse senhor, como presidente do
partido, participou do maior assalto aos cofres públicos para beneficiar um
partido e um governo – o mensalão. Condenado, o homem mais probo de ontem tratou
de mostrar-se pior do que Severino, aquele escandaloso presidente da Câmara.
Fosse honesto e ético, como fingia ser, teria
recolhido a língua e pulado fora do mandato a que não mais tem direito com a
condenação. Longe disso, segue como um objeto não-identificado no cargo, a
receber um salário a que há muito não tem direito. Mas fosse só isso,
tratar-se-ia de mais um escândalo. Mas um petista sempre nos surpreende e
mostra que a imoralidade pode sempre avançar.
Pois é, o homem mais digno da política brasileira
tratou de entrar com um pedido de aposentadoria na Câmara por invalidez. Não,
não estou de brincadeira. José Genoíno teve um problema cardíaco, de que cuidou
no Sírio-Libanês, e, para não perder o mandato pura e simplesmente, decidiu
pedir aposentadoria por invalidez. Quer ir para casa como corrupto, mas um
corrupto beneficiado com nossos impostos.
Eu não tenho raiva dessa gente. Não tenho mesmo. O
que sinto é nojo.
Fonte: Blog do Kenard
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