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domingo, 31 de janeiro de 2021

“NÃO TEMOS EMPREGADOS SUFICIENTES”, DIZ PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DA CAIXA ECONÔMICA

A presidente da APCEF-MA, Gisele Menezes, aprova a abertura das 16 novas agências da Caixa Econômica no Maranhão, mas reivindica concurso público

A Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal no Maranhão (APCEF-MA) considerou boa a ideia do governo Bolsonaro de abrir novas agências do banco público em 16 municípios do estado.

Por outro lado, a presidente da entidade, Gisele Menezes, faz uma importante ressalva: a instituição financeira não dispõe de empregados suficientes para trabalhar nas novas unidades bancárias.

Segundo ela, a expansão da Caixa torna ainda mais necessária a realização de um concurso público para contratação de mais servidores, antiga bandeira de luta da categoria.

Fonte: Coluna Estado Maior (Jornal O Estado do Maranhão) 

ERA O QUE FALTAVA: MÁRCIO JERRY GOVERNADOR DO MARANHÃO

A disputa para a eleição majoritária no Maranhão seguia sem novidades entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos), pelo lado situacionista. Mas, apareceu uma novidade: o nome do deputado Márcio Jerry (PCdoB).

Em Coelho Neto, não é segredo para ninguém que Márcio Jerry é muito amigo de Flavio Dino, homem de confiança do Governador. Daí a possibilidade de ele ser o nome de consenso no grupo do poder, pelo menos candidato a vice já parece decidido, segundo blogs da capital.

Você acha difícil esse Márcio Jerry ser eleito governador no Maranhão? Eu não! Vejo que depois do Rio de Janeiro é o Estado do Maranhão que tem a maior quantidade de político pilantra e eleitor vagabundo, que vende o voto até por um caixão de defunto. Daí...

sábado, 30 de janeiro de 2021

SEM PAPAS NA LÍNGUA


Um dia desses no açougue:

- Nunca mais vi um vereador, lamentou Zelilda, da Avenida Coelho Neto.

- Já? E, nem vai! Vendeu o voto e agora quer ver as autoridades, disse Raimundinho Cotó.

Um silêncio sepulcral tomou de conta do lugar.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

UMA AGÊNCIA DA CAIXA EM COELHO NETO

      Imagem ilustrativa

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou em sua live semanal de ontem (28.01), a instalação de 75 novas agências da Caixa Econômica no País sendo a maioria nas regiões Norte e Nordeste. A expectativa é que as novas agências comecem a funcionar entre 3 e 18 meses: "Em cidades acima de 40 mil habitantes que, por ventura, ainda não tenham agências da Caixa, até o final desse semestre, a Caixa terá uma agência nesses municípios", destacou Bolsonaro.

O Maranhão é um dos estados mais contemplados com um total de 16 agências nos seguintes municípios: Amarante do Maranhão, Araioses, Bom Jardim, Buriticupu, Coelho Neto, Colinas, Coroatá, Itapecuru-Mirim, Lago da Pedra, Santa Helena, Santa Luzia, São Bento, São Mateus, Vargem Grande, Tutoia e Tuntum.

A instalação de uma agência da Caixa em Coelho Neto é um sonho antigo, justificado pelo sofrimento dos deslocamentos a Caxias ou outras cidades. Para fazer justiça (e somente por isso), parte da realização desse sonho só foi possível graças ao ex-prefeito Soliney Silva. Lembro das inúmeras tratativas do ex-gestor junto à Superintendência da Caixa e dos apelos insistentes aos políticos que eram votados por aqui. Se existe mais de um pai para a criança, Soliney é um deles.  No mais, é aguardar para ver a promessa do Presidente ser cumprida!

    Uma das reuniões de Soliney com o superintendente da Caixa na época


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

ENTRE DEUS E BOLSONARO: A VACINA CONTRA O CORONAVÍRUS

No Brasil, não são poucos os tipos de vacinas utilizadas pela população: Vacina contra Tuberculose (BCG); Vacina oral contra Poliomielite ou Paralisia Infantil (VOP); Vacina contra Difteria, Tétano, Coqueluche e Meningite; Vacina contra Sarampo, Rubéola e Caxumba; Vacina contra Hepatite B; Vacina contra Febre Amarela; Vacina contra Gripe (Influenza); Vacina contra Pneumonia (Pneumococo). Faltou alguma?

De verdade, não conheço uma viva alma que não tenha tomado uma dose de alguma dessas vacinas. Somos um país que tem a tradição de vacinar e um sistema vacinatório bastante eficiente, diga-se de passagem, comandado pelo Sistema Único de Saúde- o SUS. E, agora, por qual razão a celeuma com as vacinas contra a Covid-19?

O Instituto Datafolha fez uma pesquisa, entre os dias 8 e 10 de dezembro, por celular, com 2.016 pessoas e obteve a seguinte informação: 73% dizem que pretendem tomar a vacina contra Covid-19, e 56% acham que ela deve ser obrigatória; 22% dizem que não tomarão o imunizante e 43% são contra a obrigatoriedade.

Apesar do percentual pequeno dos que dizem não tomar, segundo a pesquisa-(22%), considero muita gente negando a importância da vacina e preferindo o risco de morrer e infectar outros, porque esses também são contra o isolamento social e o uso de máscaras. Por quê? Qual dos negacionistas não tomou nenhuma das vacinas acima? E por que incentivar outras pessoas a seguiram o caminho da intransigência, desprezando a importância da ciência e a necessidade premente da vacinação em massa?

Medo de virar zumbi, jacaré, contrair doença grave após a imunização são algumas das teses. Mas, mais grave é a manipulação do discurso da fé, da fé em Deus- como se Deus tivesse vindo dizer para alguém não se vacinar. Gravíssimo, no entanto, é acreditar ou ouvir os conselhos de um presidente insano, débil e incapaz de sentir algum tipo de emoção, de sensibilizar-se com a dor do outro, com a dor dos familiares dos mais de 200 mil mortos na guerra da pandemia. Entre Deus e Bolsonaro, fico com Deus, porque Deus é sensível, é sábio, e capaz até de perdoar os pulhas da política. Fico com Deus porque tenho fé e a certeza que Ele não quer que seus filhos morram por ignorância.

VÍTIMAS DA PERVERSIDADE HUMANA

Mais de 1 milhão de judeus e de outras minorias étnicas foram exterminados em Auschwitz, o maior e mais terrível centro de morte do regime nazista.

Nesta semana comemorou-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Após 76 anos do fim dessa tragédia, ainda não é possível entender até onde vai a maldade humana. Hitler e sua gangue figuram como os maiores carniceiros da História Humana. Porém, na atualidade e, sem darmo-nos conta, milhares de pessoas morrem, diariamente, vítima de ações políticas, religiosas, econômicas, culturais e sociais. A alienação e a manipulação transformam-nos em seres idiotas capazes de silenciar diante de absurdos.

domingo, 24 de janeiro de 2021

ACUSADO DE BRUXARIA: O QUE ACONTECEU COM O MENINO NIGERIANO ABANDONADO QUE CHOCOU O MUNDO

Uma imagem chocou o mundo em fevereiro de 2016. Nela é possível ver um pequeno menino quase esquelético, nu, sujo e abandonado; uma mulher lhe oferece uma garrafa de água, a qual ele toma com vontade, e biscoitos.

A princípio não se sabia as circunstancias pelas quais o garoto estava naquela situação, entretanto, tempos depois, foi descoberto que sua realidade não era muito diferente de milhares de crianças da Nigéria, que são acusadas de bruxaria.

O menino, de apenas dois anos, havia sofrido violência e fora deixado na rua pela própria família, ele lutava para encontrar restos de comida do lixo, ou ainda, necessitava da bondade de outros para lhe ajudar.

Todos os anos, muitos menores de idade são abandonados e, em casos mais severos, mortos, por serem associadas à bruxaria. Uma tradição forte na região africana, comunidades tendem a creditar doenças, más colheitas, perda de emprego, mortes e uma diversidade de outras situações precárias a crianças que seriam supostamente bruxas.

Algumas delas perdem a vida por conta desse costume, enquanto outras são mutiladas e deixadas em estradas, como foi o caso de Hope. Apesar de a prática ser mal vista por todo o mundo, as autoridades do país não conseguem fazer muito, pois, trata-se de atos culturais já bem enraizados na população.

Em uma viagem à Nigéria, a dinamarquesa Anja Ringgren Lovén ficou impressionada ao ver de perto a realidade daquelas vilas. Após entender sobre os casos de bruxaria que as crianças estavam envolvidas, decidiu se mudar da Dinamarca com o marido e foi viver no país africano.

Lá, através de uma denúncia, resgatou não só Hope — o qual ela batizou com o nome esperança, em inglês —, mas dezenas de outros pequenos. Criou a African Children’s Aid Education and Development Foundation (Fundação Africana de Ajuda à Educação e Desenvolvimento para Crianças, em tradução livre).

Naquele início de 2016, conseguiu atrair a atenção do mundo para sua causa, e, segundo o jornal The Independent, arrecadou mais de um milhão de dólares.

Quando foi tirado das ruas, Hope estava em um estado crítico de desnutrição, precisou passar por transfusão de sangue e um intenso tratamento para se livrar de vermes e outras doenças que ele sofria, além de, aos poucos, precisar fazer com que seu corpo se acostumasse com novos alimentos.

Entretanto, em poucas semanas, uma nova foto surpreendeu a todos. Hope não se parecia em nada com a imagem triste que todos se lembravam. Feliz, saudável, o menino estava melhor do que nunca.

Um ano depois, Lovén voltou a compartilhar com seus seguidores o desenvolvimento do nigeriano. “Como você pode ver, Hope está crescendo com rapidez e ele é um menino lindo, saudável e muito feliz por causa do tremendo amor e cuidado que recebe todos os dias de nossa equipe e de todos os nossos filhos”, disse Anja para a CBS News, em 2017.

Atualmente, Hope e mais 35 crianças vivem sob a custódia da dinamarquesa e de seu marido, David. Em uma de suas últimas atualizações nas redes sociais, o casal contou que o menino, agora com cinco anos, frequenta a escola e “está seguro e recebendo muito amor”.

Fonte: AH 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

ARTEFATOS FURTADOS DE ÁREA ONDE LAMPIÃO FOI MORTO SÃO RECUPERADOS PELA POLÍCIA

A Polícia Federal encontrou artefatos e objetos que foram furtados da área onde Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, a mulher dele, Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita e nove cangaceiros foram mortos pela polícia, na Grota do Angico, localizada no município de Poço Redondo, em Sergipe.

Os objetos encontrados são munições e cápsulas deflagradas, algumas fabricadas nos anos de 1912 e 1913, além de botões e prendedores de cabelo. Os artefatos históricos foram furtados por pesquisadores do cangaço na Grota do Angico.

“Essas pessoas vão até locais de confronto e acampamento dos cangaceiros, com detectores de metais, para buscar artefatos. São pessoas de boa índole, que se interessam pelo tema e têm vontade de montar acervos e até museus para preservação da história e dos itens em si, mas a retirada desses artefatos é proibida”, explicou a Polícia Federal.

“A investigação ainda está em andamento, motivo que impossibilita maiores detalhes”, informou a polícia.

As peças foram entregues ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para serem catalogadas e preservadas.

Fonte: Isto É

HÁ 454 ANOS, OCORRIA A BATALHA DE URUÇUMIRIM, RESULTANDO NO 'NASCIMENTO' DO RIO DE JANEIRO

Piloto de uma das naus da primeira expedição de reconhecimento do litoral brasileiro, Américo Vespúcio descreveu a chegada ao Rio de Janeiro, no primeiro dia do ano de 1502, como uma imagem “paradisíaca”.  

O navegador italiano foi responsável por batizar a Baía de Guanabara de “Rio de Janeiro”. Segundo registros históricos, ele foi o primeiro europeu a ter contato com a paisagem carioca.  

Entretanto, apesar desse vislumbre, a beleza carioca logo se transformou num cenário de guerra quando os portugueses entraram em conflito com os índios tamoios, que viviam espalhados em centenas de aldeias formadas por cerca de 500 a 3.000 indígenas em cada uma.  

Apesar de seus conhecimentos sobre a fauna e flora da região, os nativos acabaram sendo dizimados. Os poucos que sobraram viram suas terras se transformarem em uma cidade. O gigantesco e mortífero confronto ficou conhecido como A Batalha de Uruçumirim, que foi iniciada em 20 de janeiro de 1567.

A cidade do Rio de Janeiro como conhecemos hoje, quiçá nunca existiria — ao menos não com as mesmas características — se o conflito não tivesse o desfecho que teve. Antes disso, em 1º de março de 1565, Estácio de Sá, comandando 220 homens, havia fundado a atual cidade do Rio de Janeiro no sopé do morro do Pão de Açúcar

Porém, a dominação portuguesa só ocorreu quando o rei de Portugal decidiu enviar reforços bélicos para a colônia dois anos depois. Naquele 20 de janeiro, mais de duzentos homens chefiados pelo governador-geral Mém de Sá e auxiliados por Arariboia — que era o líder dos índios temiminós — chegaram para bater de frente com os tamoios, comandados pelo cacique Aimberê e seu genro francês, Ernesto.  

O combate aconteceu, como o próprio nome já supõe, em Uruçumirim — onde hoje é compreendido as praias de Flamengo e da Glória. No início do século 16, os índios do Gato (que depois ficaram conhecidos como temiminós), residiam na Ilha de Paranapuã (atual Ilha do Governador). Porém, como estavam cercados de todos os lados pelos tamioios, uma derrota parecia cada vez mais eminente.  

Diante desse cenário, o lider Maracajaguaçu pediu aos portugueses para que os ajudassem a serem levados até o sul do Espírito Santo. O apoio serviu para selar uma duradoura aliança e uma eterna rivalidade contra franceses e tamoios.  

Quando a Batalha estourou, em 1567, o terror na Guanabara se estendeu até a Ilha de Paranapuã, durando 48 horas. Durante esse período, os tamoios tiveram suas aldeias atacadas e queimadas, e também foram alvejados com milhares de flechas e tiros de canhão.  

Passado esse tempo, o reduto tamoio em terras cariocas tinha ido abaixo. Como se não bastasse, Aimberê e Ernesto foram mortos no conflito, assim como os chefes indígenas de Igaraçu e Pindobuçu.

Sem resistência de seu povo, eles tiveram suas cabeças espetadas em estacas. Os poucos índios que sobreviveram do lado perdedor fugiram e se estabeleceram na região serrana.  

Apesar de saírem vitoriosos, os portugueses e os temiminós também sofreram perdas importantes, como o capitão-mor Estácio de Sá, que havia levado uma flechada na face.

Em primeiro momento, exatamente um mês depois, em 20 de fevereiro, ele veio a padecer em decorrência dos seus graves ferimentos, que provavelmente causaram septicemia. 

Além de pôr um fim nos tamoios, a Batalha de Uruçumirim também serviu para jogar uma pá de cal nos projetos franceses de criar um novo refúgio calvinista em terras tupiniquins, que havia sido idealizada pelo vice-almirante Nicolas Durand de Villegagnon e reforçada pelo Conde deColigny.  

Um ano e meio depois a brutal Batalha de Uruçumirim ser findada, o governador-geral do Brasil transferiu a sede da cidade para o Morro do Castelo, local que ainda contou com a construção de um forte, onde iniciou-se a povoação, em definitivo, do Rio de Janeiro.  

O Morro permaneceu de pé até o início da República, quando foi demolido para fomentar a imagem de ordem e progresso do primeiro mundo e sepultar, de uma vez por todas, a memória do Brasil Colonial. 

Fonte: AH 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

CIENTISTAS ENCONTRAM PLANTA ALUCINÓGENA EM RECIPIENTES DOS ANTIGOS MAIAS

Pesquisadores foram responsáveis por encontrar, pela primeira vez, outra substância que não fosse tabaco dentro de recipientes usados pelos antigos Maias. O estudo foi realizado por cientistas da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Scientific Reports.

A análise foi realizada em 14 artefatos descobertos na península de Yucatán, no México, que foram enterrados há mais de mil anos. O que os pesquisadores descobriram dentro dos artefatos foi impressionante: eles detectaram calêndula mexicana, cujo nome científico é Tagetes lucida.

A planta é conhecida principalmente por seus efeitos alucinógenos, além de ser usada na culinária. Junto dela, estava ainda tabaco seco e curado. Para os cientistas, essa mistura indica que a erva era usada para deixar o fumo mais agradável.

"Embora tenha sido estabelecido que o tabaco era comumente usado nas Américas antes e depois do contato, as evidências de outras plantas usadas para fins medicinais ou religiosos permaneceram amplamente inexploradas", disse Mario Zimmermann, especialista líder do estudo.

O estudo possibilitará que mais pesquisas sejam feitas sobre o tema. Os pesquisadores querem que a descoberta abra caminhos para mais investigações sobre o que as civilizações pré-colombianas usavam de plantas psicoativas ou não.

"Estamos expandindo as fronteiras da ciência arqueológica para que possamos investigar melhor as relações de tempo profundas que as pessoas tiveram com uma ampla gama de plantas psicoativas, que foram (e continuam a ser) consumidas por humanos em todo o mundo", explicou o co-autor do estudo, Shannon Tushingham.

Ele afirmou: "Existem muitas maneiras engenhosas pelas quais as pessoas administram, usam, manipulam e preparam plantas nativas e misturas de plantas, e os arqueólogos estão apenas começando a arranhar a superfície de como essas práticas eram antigas."

Fonte: AH

40 MILHÕES DE VACINADOS NO MUNDO: BRASIL ENTRA PARA LISTA DE PAÍSES QUE INICIARAM IMUNIZAÇÃO

Após a Anvisa ter aprovado o uso emergencial da Coronavac no último domingo, 17, levando ao início da vacinação no Brasil, o país afinal conquistou seu espaço na plataforma “Our World in Data”, mantida pela Universidade de Oxford, que possui dados informando o número de imunizados ao redor do mundo. 

Atualmente, 40 milhões de pessoas já receberam alguma das vacinas contra o coronavírus. Os Estados Unidos lidera o ranking de países que aplicaram mais doses, tendo imunizado um total de 12,28 milhões de pessoas. 

Nosso vizinho da América do Norte é seguido pela China, que vacinou 10 milhões de seus cidadãos, pelo Reino Unido com 4,31 milhões de imunizados e por Israel, que embora esteja em quarto lugar nessa lista, é o país em melhor situação quando se leva em conta o tamanho de sua população. Isso porque a nação judaica possui 9 milhões de habitantes, e 2,43 milhões de vacinados significa que mais de 20% da população israelense está protegida contra o coronavírus. 

No Brasil, a primeira imunizada foi a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos. Negra e moradora de Itaquera, a brasileira trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Depois dela, mais 111 pessoas receberam a Coronavac. 

Fonte: AH

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

O ASSASSINATO DO PAI DE JÂNIO QUADROS: BALEADO PELO MARIDO DA AMANTE

Um dos maiores embaraços que Jânio Quadros enfrentou quando estava no governo de São Paulo (1955-1959) foi o assassinato de seu pai. Médico e farmacêutico de formação, o deputado Gabriel Quadros morreu baleado pelo marido de sua amante. Em si, a situação já era delicada. Acontece que, ainda por cima, Gabriel e Jânio nunca tiveram um relacionamento tranquilo como pai e filho, e, apesar de ambos terem sido eleitos pelo Partido Trabalhista Nacional, PTN, a coisa não ia melhor na política. Militante da extrema esquerda, Jânio recebia ataques sistemáticos de Gabriel, que estava à extrema direita e chegou a usar a expressão “jâniofobia” para se referir a um “vírus” que, segundo ele, andava contaminando os parlamentares. “Já há alguns casos de contágio neste plenário”, disse o deputado, em um discurso de 1957 na Assembleia Legislativa.

A história do assassinato de Gabriel remonta à época em que o médico se elegeu vereador pelo Partido Democrata Cristão (PDC), em 1951, e tinha como cabo eleitoral o feirante José Guerreiro, dono de uma barraca de limões. Sabidamente mulherengo, o vereador traiu seu apoio iniciando um caso com a mulher dele, Francisca Flores, vulgo Nena. O triângulo ainda não havia sido desfeito quando Nena engravidou de gêmeos. Num tempo em que o exame de DNA estava longe de ser criado, as duas crianças, batizadas de Jaime e José Carlos, foram motivo de acirrada disputa entre o feirante e o ex-vereador – que agora cumpria mandato como deputa do estadual pelo PTN. De temperamento notoriamente irascível, dado a escândalos, Gabriel Quadros chegou a sair no braço com José Guerreiro em plena Praça da Sé, para decidir quem era o pai dos meninos.

A princípio, Nena afirmava que os filhos eram de Gabriel e, por conta disso, o deputado chegou a acomodá-la por alguns dias em seu gabinete na Assembleia Legislativa. Em seguida, ele a transferiu para sua própria residência, na avenida Rebouças. Ocorre que, apesar de manter com o deputado apenas um casamento de aparências, sua mulher oficial, Leonor, que agora morava com Jânio, não queria a amante do marido vivendo em uma casa que, afinal de contas, era sua também. Então, o deputado levou Nena para um sobrado que possuía na avenida Lins de Vasconcelos, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. O irônico é que, mais tarde, quando os meninos já estavam suficientemente crescidos, ficou óbvio pelo método utilizado na época, o “olhômetro”, que eles eram filhos de Guerreiro; além de tudo, não havia caso de gêmeos na família Quadros. Mas agora que tinha começado a briga, o deputado, até por uma questão de honra, levou a defesa da paternidade até o fim.

José Guerreiro também não arredou o pé. Logo foi fazer uma visita a Nena, na Lins de Vasconcelos. Disposto a reaver os filhos, ele passou por cima da vontade da mãe deles e os levou dali para o cômodo onde morava, nos fundos de um sobrado na Mooca, zona leste de São Paulo. Ao saber do “sequestro”, Gabriel Quadros juntou cinco capangas, carregou sua arma e rumou para a Travessa Nelson Atallah, 9, onde ficava o sobrado. Foi disposto a “resgatar” Jaime e José Carlos. Era por volta de 8 horas de um sábado, dia 18 de maio de 1957, quando o deputado e três de seus homens arrombaram a porta do cômodo e avançaram na direção dos garotos. Ainda so nado, o feirante recebeu diversas pancadas, inclusive de cassetete, mas lutou contra os agressores como pode, usando um pedaço de caibro que encontrou perto da cama. Mesmo estando em minoria, conseguiu imobilizar o rechonchudo rival e arrancar dele a arma. No meio da confusão, desatinado, José Guerreiro disparou seis vezes contra Gabriel Quadros, que caiu morto. Não satisfeito, o feirante virou a arma na direção dos capangas do deputado, que, apavorados, correram em disparada. Na fuga, levaram os gêmeos. Como estava apenas de ceroulas, Guerreiro, que tinha então 30 anos, voltou para o cômodo, vestiu-se e sumiu dali.

Em pouco tempo, a pacata travessa e as ruas adjacentes foram tomadas por uma multidão de curiosos. Para se aproximar da investigação, e saber em primeira mão detalhes do que tinha ocorrido, os vizinhos se dispunham a prestar testemunhos voluntariamente. A polícia isolou a área, barrando o acesso inclusive de jornalistas, para efetuar o exame pericial. O corpo de Gabriel Quadros foi levado para o necrotério do Hospital Santa Catarina, onde o submeteram à autópsia. O laudo assinado pelos médicos legistas César Berenguer e Mattosinho França apontou como causa mortis “hemorragia interna traumática”. A Secretaria de Segurança Pública determinou que a Polícia Rodoviária vigiasse as saídas de São Paulo, a fim de impedir que o carro de placas 2-99-66, usado pelos capangas de Gabriel Quadros para fugir com as crianças, deixasse a cidade. Enquanto isso, vizinhos de Nena na avenida Lins de Vasconcelos afirmaram tê-la visto saindo às pressas de casa, por volta das 9 horas do sábado – portanto depois de o crime ter sido consumado. Ela ainda estava de penhoar quando embarcou em um carro que a aguardava. Tamanha era sua pressa que, ao entrar no veículo, deixou para trás um dos sapatos. Soube-se depois que o carro no qual embarcara era o mesmo que os homens de Gabriel Quadros utilizaram para fugir com Jaime e José Carlos.

Assim que tomou conhecimento do crime, o governador Jânio Quadros encaminhou um despacho para a Secretaria de Segurança determinando a abertura imediata de uma investigação rigorosa. “O homicídio de que foi vítima o deputado Gabriel Quadros deve ser objeto de rápido inquérito, para apuração de responsabilidades. O autor (ou autores) não sofrerá qualquer coação ou violência, assegurando vossa excelência o governador, de forma absoluta, garantias e direitos da lei.” O enterro ocorreu na tarde do próprio sábado, com a presença do governador, que, segundo seus assessores, foi ao cemitério do Araçá apesar de estar com a saúde “debilitada” (uma gripe, segundo contou a J.P uma fonte próxima a Jânio na época). O presidente Juscelino Kubitschek não compareceu. Foi representado pelo presidente da Câmara dos Deputados Ulysses Guimarães. Conhecendo o pai de sobra, Jânio declarou à imprensa durante o féretro que José Guerreiro agira em legítima defesa da honra. Embora seja comum se afirmar que foi o governador que absolveu o criminoso, Jânio apenas o perdoou – ele não tinha essa prerrogativa. O feirante foi indiciado, ficou preso preventivamente durante alguns dias, respondeu a processo e ganhou a liberdade sem ir a júri, em 1959. Para neutralizar o efeito do escândalo, o governador chegou a declarar sua carreira política encerrada – mas, ao contrário disso, em dezembro daquele mesmo ano registrou sua candidatura a deputado federal pelo PTB do Paraná, e, depois de eleito, passou a acumular os dois cargos. Os gêmeos reapareceram com a mãe, por quem foram criados. Nena se desquitou do feirante.

Por Paulo Sampaio para a Revista J.P de junho

ATOR DE ESQUECERAM DE MIM QUER TIRAR DONALD TRUMP DO FILME, QUASE 30 ANOS DEPOIS

Fãs da série de filmes Esqueceram de Mim iniciaram uma campanha nas redes sociais que tem como objetivo ‘tirar’ Donald Trump, presidente em cargo nos EUA, do segundo filme da sequência. A ‘petição’ foi apoiada até mesmo por Macaulay Culkin, protagonista do longa que tem agora 40 anos.

No Twitter, uma pessoa escreveu: "Petição para substituir digitalmente o Trump de Esqueceram de Mim 2 por Macaulay Culkin de 40 anos." E o ator respondeu, dizendo: “Aprovado”. 

Essa não foi a única reação de Culkinà sugestão das redes sociais. Outro tweet anexava um vídeo sem Trump, afirmando: "Atendendo pedidos populares, eu removi Trump de Esqueceram de Mim". Novamente, uma resposta do protagonista, que disse: “Bravo”.

A participação de Trump aconteceu devido a uma condição proposta pelo futuro presidente ao diretor do filme, Chris Columbus. Ele era um dos empresários mais importantes de Nova York, e dono do Plaza Hotel. Columbus contou detalhes sobre essa cena no ano passado.

"Ele disse: 'Vocês só podem usar o Plaza se eu estiver no filme'. Em exibições teste, as pessoas aplaudiram quando ele apareceu na tela, [...] mas foi uma espécie de chantagem", disse.

Fonte: AH 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

JUVENTUDE ASSASSINA: O TRISTE CASO DE LIANA FRIEDENBACH E FELIPE CAFFÉ

 

Quando tinha cerca de 16 anos de idade, a estudante Liana Friedenbach estava apaixonada por Felipe Caffé, um jovem de 19 anos. 

Nascida em maio de 1987, a jovem decidiu viajar com o namorado. Como o relacionamento era recenete, Liana, em outubro de 2003, avisou sua família que iria para Ilhabela com um grupo de amigos da escola. Já Felipe disse que iria acampar, contudo, o pior estava por acontecer. A aventura, no entanto, logo se tornou o pior pesadelo do jovem casal, que não contava com a crueldade de um terceiro adolescente.

Natural de Embu-Guaçu, o jovem Roberto Aparecido Alves Cardoso estava mais acostumado a ser chamado de Champinha. Diferente de todos os outros meninos da região, contudo, ele já demonstrava sinais de psicopatia desde muito pequeno.

Com cerca de 16 anos em 2003, ele e seu braço direito, Paulo César da Silva Marques, ou Pernambuco, cruzaram com Liana e Felipe no meio da mata. Aquele foi o primeiro momento de uma sequência de crimes e de um terror alucinante.

No dia 31 de outubro, poucas horas antes de cair na estrada, o jovem casal ficou esperando pelo horário de seu ônibus no famoso vão livre do MASP, em São Paulo. Às 5h do dia 1º de novembro, então, eles foram até o Terminal Rodoviário Tietê.

De lá, Liana e Felipe desembarcaram em Embu-Guaçu e, em seguida, foram para o lugarejo de Santa Rita, onde armaram seu acampamento. Naquela mesma noite, foram encontrados por Champinha e Pernambuco, que resolveram assaltar o casal.

O que os ladrões não esperavam, contudo, era que os jovens não tinham qualquer dinheiro consigo. Assim, os comparsas tiveram de improvisar. Ao perceberem que Liana não era uma garota comum, decidiram sequestrar o casal.

Logo na primeira noite do sequestro, os jovens foram levados até a casa de Antonio Matias de Barros, outro criminoso amigo dos assaltantes, e Felipe foi jogado em um quarto. No cômodo ao lado, Liana foi estuprada por Pernambuco.

Já no dia 2 de novembro, os comparsas perceberam que Felipe não faria muita diferença para o plano. Assim, enquanto Champinha levava Liana para outro cativeiro, Pernambuco carregou o garoto para um matagal, onde atirou em sua nuca. Ao longe, a menina escutou o disparo que matou seu namorado. O assassino fugiu em seguida.

Uma vez na casa de Antônio Caetano da Silva, Champinha já não se preocupava mais com o resgate de Liana. Com a menina em suas mãos, ele começou a estuprá-la. Foi apenas no terceiro dia do desaparecimento dos jovens que, preocupado, o pai da garota decidiu acionar o Comando de Operações Especiais.

Em busca de Liana e Felipe, as autoridades encontraram os celulares, carteiras e peças de roupa dos jovens no matagal. Nesse meio tempo, aos amigos que chegavam no cativeiro, Champinha apresentava Liana como sua namorada.

Ainda no terceiro dia, o jovem criminoso e mais dois comparsas, Antônio Caetano e Aguinaldo Pires, estupraram Liana coletivamente. Mais tarde, percebendo um certo movimento da polícia na região, o irmão de Champinha decidiu avisá-lo.

Sob o pretexto de que levaria a suposta namorada para a rodoviária, o adolescente guiou Liana até o meio do mato e a executou ali mesmo, no dia 5 de novembro. Foram dezenas de facadas até que a jovem finalmente parasse de respirar.

Os corpos de Liana e Felipe foram encontrados apenas no dia 10 de novembro, poucas horas antes de Champinha e seus comparsas serem capturados. Em julho de 2006, três dos capangas foram condenados a sentenças entre 124 e 6 anos de prisão.

Em 2007, Pernambuco foi condenado a 110 anos e 18 dias de prisão, pelo assassinato de Felipe. Champinha, por sua vez, foi condenado a três anos na Fundação Casa, por ser menor de idade na época dos crimes — decisão que revoltou a população.

Quando completou a maioridade, no entanto, o jovem passou por uma bateria de exames psiquiátricos, que atestaram uma saúde mental instável. Assim, por apresentar um alto grau de ameaça para a sociedade, Champinha permanece numa Unidade Experimental de Saúde (UES), na Vila Maria, até hoje, onde deve ficar preso por tempo indeterminado.

Fonte: AH


HISTÓRIA CENTENÁRIA: A TRAJETÓRIA DA FORD NO BRASIL

No Brasil desde 1919, a Ford anunciou nesta semana que até o fim do ano pretende encerrar todas suas atividades por aqui. Uma das justificativas dada pela automobilística americana é que a crise, impulsionada pelo novo coronavírus, diminuiu e muito as vendas da montadora no país. 

Assim, o Brasil passará a ser atendido apenas por veículos importados. Em contrapartida, a companhia pretende investir em países vizinhos como a Argentina e o Uruguai.

Anos 1900: O início de tudo

Apesar de a Ford ter aberto sua fábrica no Brasil apenas em 1919, a montadora já comercializava seus carros por aqui desde 1904. Um dos primeiros que chegaram ao país foi o Modelo A, o primeiro produzido por Henry Ford.  

Segundo o site da própria montadora, a marca era representada pela agência de William T. Right, na Rua Júlio Conceição, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, responsável pela importação e venda dos veículos.


Anos 1910: A primeira filial brasileira

No final da década, a diretoria da Ford Motor Company aprovou a criação da filial brasileira. Assim, em 1º de maio de 1919 a empresa abriu sua primeira fábrica na Rua Florêncio de Abreu, em São Paulo. 


Anos 1920: O edifício próprio

Em 1921, a Ford muda a sede para um edifício próprio, no bairro do Bom Retiro. A estrutura construída por lá é uma cópia da sede da empresa, em Detroit. Abrigando a primeira linha de montagem de veículos em série do Brasil, a unidade tinha três andares e tinha capacidade de produzir 4.700 automóveis e 360 tratores por ano.  


Anos 1930 e 1940: A 2ª Guerra e os carros a gasogênio

Com o fim da Fordlândia, a montadora trocou parte de suas terras por outra área, onde investiu na plantação de milhões de seringueiras. Porém, com o início da 2ª Guerra e com a doença das plantas, que atacou os seringais, a companhia devolveu a posse ao governo federal por uma quantia simbólica.  

Nos anos seguintes, a montadora passou a investir e diversos outro modelos, como o Mercury 1939, que era produzido apenas por encomenda especial. Conforme a Guerra foi aflorando, as importações foram interrompidas, no entanto, a Ford brasileira não parou com a produção massiva de caminhões para o Exército e a adaptação de veículos ao gasogênio.


Anos 1950: Fábrica do Ipiranga e o primeiro veículo nacional

Em 1953, a Ford inaugurou a Fábrica do Ipiranga, que possuía uma instalação de 200.000 metros quadrados. A estrutura mais moderna permitiu uma nova era de desenvolvimento industrial, com mais de 2.500 empregados contratados e a prod8ução diária de 125 veículos.  

Quatro anos depois, em 1957, a Ford passou a produzir seu primeiro veículo nacional, o caminhão F-600. Nos anos seguintes, a montadora ampliou sua linha nacional com os modelos F-100, F-350 e F-600 a diesel.


Anos 1960: A expansão e o recorde de vendas

A década foi marcada pela expansão nas vendas da automobilística americana. Em 1962, a marca bateu pela oitava vez consecutiva o recorde nacional de vendas, com 21.621 veículos, o que representava na época 44% do mercado. Já em 1969, o Corcel foi eleito o “Carro do Ano”, atingindo a venda de 24.250 unidades, igualando o recorde histórico do Modelo T em 1925.  


Anos 1970:  A Belinda, o aumento na produção e Campo de Tatuí

A década começou com o lançamento da icônica Belinda. A produção da montadora também aumenta, diante dos turnos duplos de trabalho — a Ford passa a produzir 250 veículos por dia. Além disso, a produção do 100.000º Corcel foi comemorada na fábrica de São Bernardo com um modelo cupê duas portas. 

Em 1972, a montadora chega ao seu milionésimo veículo Ford brasileiro. Nos anos seguintes, a companhia segue crescendo, com a nova Fábrica de Motores e Fundição de Taubaté e a construção do Campo de Provas de Tatuí, no interior paulista — o primeiro e mais moderno do gênero da América do Sul.


Anos 1980: O carro a álcool e a propaganda com Ayrton Senna

Por aqui, a Ford desenvolve o Corcel II a álcool, o primeiro veículo da Ford com esse combustível e o primeiro com sistema automático de partida a frio. Sua publicidade é estrelada por Ayrton Senna, e o slogan adotado pela montadora é “Para a Ford, o álcool deu certo”, fazendo referência aos problemas enfrentados por suas concorrentes.  

Nesta década, A Ford e a Volkswagen criam uma parceria e passaram a operar no Brasil e na Argentina dentro da holding Autolatina. A união durou até 1995. Assim, as duas montadoras passam a compartilhar plataformas de carros.


Anos 1990: A globalização da Ford

Os anos 1990 foram marcados pela globalização da empresa no Brasil, que passou a produzir diversos carros que se tornaram sucessos de venda em outros países. Por aqui chegam o Explorer (SUV importado dos EUA), a Taurus e a Ranger (EUA), o sedã Mondeo (Bélgica), o Fiesta Hatch (Espanha). 


Anos 2000 e 2010: Uma nova fábrica no Brasil

Logo após a virada do século, em 2001, Camaçari (BA) recebe não só uma nova fábrica da Ford como a responsabilidade assumir a maior parte da produção de veículos de passeio da montadora, como o novo Fiesta e o EcoSport. 

Paralelamente, a unidade de São Bernardo passa a produzir a linha de caminhões, que vieram da extinta unidade do Ipiranga. Em 2015, a planta comemorou 1 milhão de unidades produzidas.  

Fonte: AH 

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

JUSTIÇA NEGA ALTERAÇÃO DE REGISTRO DE EVANGÉLICA COM NOME DE SANTA CATÓLICA

O Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou no último dia 7 o pedido de uma mulher para que pudesse trocar de nome. Perpétua Z., uma mulher evangélica, fez a solicitação na esperança de poder substituir seu primeiro nome por se tratar de uma homenagem à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. 

Perpétua diz que desde pequena odeia seu nome e que sente vergonha toda vez que o escuta, mas que, por respeito aos pais e avós, nunca tentou mudá-lo. No entanto, decidiu que gostaria de fazê-lo após começar a frequentar a igreja evangélica Assembleia de Deus.

Em uma petição enviada à Justiça solicitando a alteração em seu registro civil, Perpétua diz que manter um nome com homenagem à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro seria uma “afronta” à sua nova crença. De acordo com os dogmas evangélicos, o conceito de adoração e homenagem a santos são considerados idolatria, e segundo as religiões de natureza protestante apenas Deus deve ser idolatrado.

A desembargadora Ana Maria Baldy, relatora do processo, disse que a jurisprudência admite a mudança do prenome “imoral” ou “suscetível de expor a pessoa ao ridículo”. Mas considerou que o caso de Perpétua não se enquadra nessa categoria.

“Prenome ridículo é aquele que expõe a pessoa a escárnio, à zombaria, ao vexame, ao riso e aos sarcasmos, trazendo o constrangimento, a vergonha e, até mesmo, em casos extremos, o isolamento social”, disse a desembargadora.

Baldy afirma que o nome Perpétua trata-se de um nome comum, popular, nada havendo de excepcional ou imoral em sua utilização. Perpétua diz que “aquele que carrega um nome para sempre é que sabe efetivamente se lhe traz constrangimento ou não”. À decisão ainda cabe recurso.

Em dezembro, o mesmo TJ-SP autorizou uma mulher a trocar seu nome de Lindinalva para Lidiane. Assim como Perpétua, ela se dizia constrangida com seu prenome, que era o mesmo de uma canção de Gilberto Gil e de um personagem da obra “Jubiabá”, de Jorge Amado.

“Deverá prevalecer aqui o exame das razões íntimas e psicológicas da autora, diante da forte e evidente ojeriza que ela própria nutre pelo seu verdadeiro nome”, disse a desembargadora Maria de Lourdes Lopes Gil na decisão.

Fonte: Isto É

MESOPOTÂMIA, RENASCIMENTO E ATÉ OS DIAS DE HOJE: A HISTÓRIA DA PROSTITUIÇÃO EM 5 FATOS

Representada em filmes de Hollywood, na Bíblia e em tábuas da antiguidade, a prostituição é conhecida como uma das mais antigas atividades do mundo. A troca de sexo por dinheiro ou mercadoria já foi até mesmo descrita como "absolutamente indispensável ao mundo" em 1358, em um decreto emitido pelo Conselho de Veneza.

Tomás de Aquino, por exemplo, escreveu que a "prostituição nas cidades é o mesmo que os banheiros dos palácios. Tire-os e os palácios serão destruídos pelo fedor e pela putrefação". Com toda a problemática envolvida, ela acompanhou a história humana e persiste até os dias de hoje

5 fatos sobre a história da prostituição.

1- Surgimento

Acredita-se que os primórdios da troca de sexo por dinheiro ou mercadoria estejam nas antigas civilizações da Mesopotâmia. Pesquisadores já encontraram tábuas de barro sumérias, que remontam de 2400 a.C. e demonstram uma representação de deusa do amor, o que pode estar ligado à prostituição tanto feminina quanto masculina. 

A prostituição expandiu-se pelas regiões mais próximas, estabelecendo-se no começo no Egito, Índia, e mais tarde Grécia, estreando no Ocidente pela primeira vez. Foi a partir do rápido aumento populacional, urbano e migratório que a prostituição cresceu cada vez mais. Um exemplo é o do Império Romano, no Japão de 1700.


2. Motivos

Historiadores apontam que a prostituição foi tomada como uma solução pelos antigos, nas primeiras civilizações da humanidade. Ela seria a resposta para o dilema social criado pela promiscuidade masculina: com a criação de casas públicas destinadas à prostituição, supostamente implementadas pelo legislador Sólon. Isso teria oficializado a prática. 

"Muitos duvidam da veracidade dessa informação, mas a história, mesmo que factualmente não verdadeira, sugere que a prostituição era aceitável, visível e tinha ao menos um alto nível de legitimidade em Atenas durante o período clássico", explicou Thomas McGinn, escritor da obra Prostitution, Sexuality, and the Law in Ancient Rome (Prostituição, sexualidade e a lei na Roma antiga).


3. Cristianismo

Nas antigas civilizações, a prostituição chegou a ser uma prática habitual. No entanto, com o crescimento do cristianismo nas sociedades, uma visão conservadora começou a se propagar, transformando a prática em pecado. Ainda assim, como é possível perceber, ela não desapareceu completamente.

Os prostíbulos continuaram existindo ao longo da Idade Média, e muitos padres, mesmo que fossem representantes da Igreja Católica, financiavam o financiamento de alguns desses locais. Colocando alma nas prostitutas, elas passaram a ser perseguidas e transformadas em pecadoras.


4. Renascimento

Ao longo dos séculos 16 e 17, mulheres que atuavam na prostituição começaram a exigir cada vez mais dinheiro pelo trabalho, deixando as os bordéis e os banhos públicos. Chamadas de cortesãs na Europa Ocidental, elas dominavam o cenário e tinham um rígido código de conduta. 

Durante o renascimento, algumas capitais começaram a tentar regular a prostuição: Berlim, por exemplo, estabeleceu aposentadoria para prostitutas. Com mais benefícios, elas deixaram de ser mulheres públicas e não mais estavam disponíveis a todos, podendo frequentar os clientes principalmente em tabernas.


Cada vez mais urbanas e requisitadas, elas passaram a ser parte da vida urbana da Europa, apresentadas com salto alto, brincos, colares, meias arrastão e penhoares de tule. Com o crescimento de Paris como centro da boemia durante a Belle Époque, a prostituição também aumentou.

Essas mulheres eram as protagonistas de romances e pinturas expressionistas, eternizadas por Balzac e Manet, por exemplo. Na época, bordéis de luxo começaram a se estabelecer nas cidades, trazendo uma conduta rigorosa exigida para as moças, que aumentavam cada vez mais. 

A prostituição acompanhou a história da maioria das sociedades, existindo até os dias de hoje, a partir de adaptações de período histórico. Ela é até mesmo regulamentada em alguns países, mas ainda acompanha uma problemática enorme sob a análise de contexto social.

Fonte: AH

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O DEPUTADO CASSADO POR POSAR DE CUECA

1949. Foi neste ano que a Câmara cassou, pela primeira vez, um mandato por falta de decoro parlamentar.

Por que o deputado foi cassado? Será que ele roubou, matou, foi corrupto? Não! Apenas posou de cueca (que ia até o joelho) para uma foto. “Nudes” era vetado!

O deputado Edmundo Barreto Pinto, do PTB, resolveu ceder entrevista para a revista O Cruzeiro, de grande popularidade naquele tempo. A foto que ilustrou a matéria, por sua vez, foi "inusitada": usando fraque e cueca samba-canção.

Intitulado "Barreto Pinto sem máscara", o ensaio ganhou fama. À época, a pose de cueca foi considerada um escândalo e maculou a imagem do parlamento.

Em própria defesa, o deputado teria dito que foi enganado pelo jornalista David Nasser, e que pensou que a foto seria publicada apenas da cintura para cima.

Mas não foi o suficiente para sair ileso desta história: Barreto Pinto acabou sendo o primeiro deputado na história a ter o mandato cassado. Mesmo com pressão do partido para levar o caso ao Judiciário, a decisão foi tomada na própria Casa Legislativa, em 27/5/1949, em sessão secreta da Câmara dos Deputados.

Edmundo Barreto Pinto era advogado e jornalista, nasceu em Vassouras/RJ no dia 15 de abril de 1900. Morreu aos 71 anos, sem nunca ter conseguido desvencilhar sua imagem do incidente.

 

Fonte: História do Brasil – Júlio Olivar

Á MÚMIA DE RAMSÉS II, UMA DAS MAIS IMPRESSIONANTES DESCOBERTAS DO EGITO ANTIGO

Ramsés II, mais conhecido como Ramsés, o Grande, foi um dos mais importantes faraós do Egito. Imperador da 19º dinastia egípcia, ocupou o trono entre 1279 a.C. e 1213 a.C., tornando-se um dos mais longevos reinados da história do Império.

O faraó foi responsável por grandes melhorias nas áreas cultural, econômica, administrativa e principalmente militar, onde fez questão de profissionalizar seus soldados, que passaram a receber salários, treinamentos especializados e lotes de terra.

Seus monumentos também são alguns dos grandes legados do governo. O imperador chegou a se apropriar de obras que pertenciam a antigos soberanos, além de mandar construir os que fariam parte do seu império.

Ao falecer, foi enterrado em um túmulo no Vale dos Reis, conhecido como KV7, em uma tumba muito maior que a de seu pai, porém, mais simples. Sua múmia foi encontrada por pesquisadores dentro do complexo de sepulturas Deir Elbari, e exposta no Museu Egípcio do Cairo em 1885.

No ano de 1974, funcionários do museu perceberam que a múmia estava começando a se deteriorar devido a um fungo presente no corpo. Para reverter o estado, o governo egípcio decidiu enviar o faraó para receber cuidados de especialistas na França.

Durante sua estadia na França, o faraó foi analisado pelo professor forense Pierre-Fernand Ceccaldi, que foi responsável por descobrir algumas características do imperador. Segundo sua pesquisa, Ramsés tinha a pele clara e cabelos ruivos ondulados. 

Também fora revelado que o soberano continha diversas fraturas e ferimentos de batalhas, além de sofrer de artite e má circulação. Além disso, o pesquisador acredita que ele andava com suas costas curvadas durante seus últimos anos de vida. Após as pesquisas e a eliminação do fungo, a múmia foi devolvida ao Egito em 1977.  

Atualmente, o KV7 se encontra danificado, e restam apenas poucos dos objetos que foram enterrados com o faraó, que estão espalhados por museus no mundo. Já seus restos mortais continuam em exposição no Museu Egípcio.

Fonte: AH

domingo, 10 de janeiro de 2021

DA FABRICAÇÃO A IMUNIZAÇÃO: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A CORONAVAC

 

Na manhã da última sexta-feira, 8, o Instituto Butantan oficializou o pedido de uso emergencial da CoronaVac à Anvisa. Criada em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, a vacina mostrou ser eficaz contra o novo Coronavírus.

Agora, segundo previsões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a análise do pedido pode demorar até dez dias. Nesse caso, se a vacina for aprovada, profissionais da saúde, indígenas, quilombolas e idosos devem ser imunizados primeiro.

Os recentes relatórios do instituto paulista, inclusive, comprovam que a vacina tem 78% de eficácia em casos leves da doença. 

Em meio à busca incessante por um medicamento que coloque um fim na pandemia, a CoronaVac parece ser uma grande promessa. Segundo dados divulgados pelo Instituto Butantan, a vacina é 100% eficaz contra casos graves e moderados da doença.

Isso quer dizer que, com ela, as pessoas imunizadas podem não precisar mais ser internadas. Contra casos leves, os números são um pouco diferentes, mas continuam animadores. A eficácia, nesses casos, é de 78%.

No geral, portanto, os números são positivos e estão trazendo grandes expectativas. Mas, afinal, como a vacina que pode acabar com a pandemia realmente funciona? O que será injetado na população caso a CoronaVac seja aprovada?

Para a produção da vacina que combate a Covid-19, cientistas usaram uma tecnologia bastante parecida com a utilizada em outros medicamentos. São técnicas usadas, por exemplo, nas vacinas da gripe e hepatite A.

Trata-se da inativação do próprio Coronavírus. Neste processo, os organismos responsáveis pela enfermidade são expostos, em laboratório, a calor e diversos produtos que inibem sua capacidade de reprodução, tornando-se inativados.

Uma vez impossibilitados de multiplicação, os vírus já podem ser injetados no corpo humano. Após a aplicação, então, os organismos invasores são identificados pelo sistema imunológico, que cria uma defesa contra a doença.

Atualmente, o Instituto Butantan utiliza insumos importados da China para produzir a CoronaVac. Ainda assim, estima-se que a fábrica paulista, que funciona 24h por dia, será autossuficiente para produzir a vacina em breve.

Nesse sentido, a projeção é que São Paulo terá cerca de 60 milhões de doses do medicamento, disponíveis já em março deste ano. Depois disso, basta iniciar a campanha de vacinação no estado e, em seguida, no país todo.

Caso tenha a aprovação da Anvisa, inclusive, o Instituto Butantan planeja iniciar a imunização no dia 25 de janeiro, data do aniversário de São Paulo. Neste primeiro momento, serão cerca de 9 milhões de vacinados no grupo de risco até março, que representa uma notícia animadora.

No futuro, então, a esperança é de que a CoronaVac seja enviada para todo o Brasil. Para isso, o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já assinou a compra de 100 milhões de doses da vacina — o suficiente para imunizar metade da população brasileira.

Uma vez aprovadas, produzidas e adquiridas, as primeiras 46 milhões de doses serão entregues até abril, sendo que a campanha de vacinação deve começar entre janeiro e março. Depois disso, outras 54 milhões devem ser enviadas nos meses que compreendem 2021.

Por fim, resta saber se a vacina — da qual alguns setores da população ainda têm suspeita — será obrigatória. Nesse sentido, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, nenhum estado ou município poderá exigir a vacinação por parte da população.

Ainda assim, é possível que, caso não sejam vacinados, os cidadãos percam alguns privilégios. Benefícios como a entrada em alguns estabelecimentos ou a realização de matrícula em escolas públicas, por exemplo, podem ser proibidos.

Fonte: AH