Tomás de Aquino, por exemplo, escreveu que a
"prostituição nas cidades é o mesmo que os banheiros dos palácios. Tire-os
e os palácios serão destruídos pelo fedor e pela putrefação". Com toda a
problemática envolvida, ela acompanhou a história humana e persiste até
os dias de hoje.
5 fatos sobre a história da prostituição.
1- Surgimento
Acredita-se que os primórdios da troca de sexo por dinheiro ou
mercadoria estejam nas antigas civilizações da Mesopotâmia. Pesquisadores já
encontraram tábuas de barro sumérias, que remontam de 2400 a.C. e demonstram
uma representação de deusa do amor, o que pode estar ligado à prostituição
tanto feminina quanto masculina.
A prostituição expandiu-se pelas regiões mais
próximas, estabelecendo-se no começo no Egito, Índia, e mais tarde Grécia, estreando
no Ocidente pela primeira vez. Foi a partir do rápido aumento populacional,
urbano e migratório que a prostituição cresceu cada vez mais. Um exemplo é o do
Império Romano, no Japão de 1700.
2. Motivos
Historiadores apontam que a prostituição foi tomada
como uma solução pelos antigos, nas primeiras civilizações da humanidade. Ela
seria a resposta para o dilema social criado pela promiscuidade masculina: com
a criação de casas públicas destinadas à prostituição, supostamente
implementadas pelo legislador Sólon. Isso teria oficializado a prática.
"Muitos duvidam da veracidade dessa informação,
mas a história, mesmo que factualmente não verdadeira, sugere que a
prostituição era aceitável, visível e tinha ao menos um alto nível de
legitimidade em Atenas durante o período clássico", explicou Thomas
McGinn, escritor da obra Prostitution, Sexuality, and the Law in Ancient Rome
(Prostituição, sexualidade e a lei na Roma antiga).
3. Cristianismo
Nas antigas civilizações, a prostituição chegou
a ser uma prática habitual. No entanto, com o crescimento do cristianismo nas
sociedades, uma visão conservadora começou a se propagar, transformando a
prática em pecado. Ainda assim, como é possível perceber, ela não desapareceu
completamente.
Os prostíbulos continuaram existindo ao longo da Idade
Média, e muitos padres, mesmo que fossem representantes da Igreja Católica,
financiavam o financiamento de alguns desses locais. Colocando alma nas
prostitutas, elas passaram a ser perseguidas e transformadas em pecadoras.
4. Renascimento
Ao longo dos séculos 16 e 17, mulheres que atuavam
na prostituição começaram
a exigir cada vez mais dinheiro pelo trabalho, deixando as os bordéis e os
banhos públicos. Chamadas de cortesãs na Europa Ocidental, elas dominavam o
cenário e tinham um rígido código de conduta.
Durante o renascimento, algumas capitais começaram a
tentar regular a prostuição: Berlim, por exemplo, estabeleceu aposentadoria
para prostitutas. Com mais benefícios, elas deixaram de ser mulheres públicas e
não mais estavam disponíveis a todos, podendo frequentar os clientes
principalmente em tabernas.
Cada vez mais urbanas e requisitadas, elas passaram a
ser parte da vida urbana da Europa, apresentadas com salto alto, brincos,
colares, meias arrastão e penhoares de tule. Com o crescimento de Paris como
centro da boemia durante a Belle Époque, a prostituição também aumentou.
Essas mulheres eram as protagonistas de romances e
pinturas expressionistas, eternizadas por Balzac e Manet, por
exemplo. Na época, bordéis de luxo começaram a se estabelecer nas cidades,
trazendo uma conduta rigorosa exigida para as moças, que aumentavam cada vez
mais.
A prostituição acompanhou a história da maioria das
sociedades, existindo até os dias de hoje, a partir de adaptações de período
histórico. Ela é até mesmo regulamentada em alguns países, mas ainda acompanha
uma problemática enorme sob a análise de contexto social.
Fonte: AH
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