“Nossa
família está destruída”. O desabafo é de Flávio Veina Thé, pai da escrivã
piauiense Loane Maranhão da Silva Thé morta no início da tarde desta
quinta-feira (15), em Caxias (MA). A vítima recebeu golpes de faca enquanto trabalhava,
colhendo depoimento de um acusado de estupro, na sede da Delegacia de Proteção
a Mulher do município maranhense.
O acusado do homicídio é o gari Francisco Alves da
Costa que foi denunciado pelas filhas, uma de 20 e outra de 17 anos, por
prática de abuso sexual. Ele também feriu a investigadora Marilene Almeida. Ao
ouvir gritos de Loane, a agente civil ainda tentou socorrê-la, mas foi
esfaqueada na região do abdômen.
“Ela vivia para o trabalho. Gostava de estudar e
era educada. A mãe dela e eu estamos mortos. Essa é a segunda tragédia na
família em menos de um ano. Também tive um filho que morreu na queda de um
avião no mês de dezembro em Teresina”, conta o pai da vítima.
Loane morreu no local. O carro dela ainda está
estacionado na frente da delegacia onde trabalhou por cinco anos. Ainda na
tarde desta quinta-feira, familiares da vítima tiveram reunião com o delegado
regional Celso Álvares Rocha.
“O sonho da vida dela era ser policial. Tudo foi
destruído. Agora, só tem uma filha. Mesmo assim, acredito que será feita
justiça”, falou o pai de Loane após ver o local onde a filha foi morta e
encerrar as entrevista com a imprensa que estava no local.
Como ocorreu o crime
A escrivã Loane Maranhão da Silva Thé faleceu em
decorrência de uma única facada que atingiu o peito. O corpo da jovem de 32
anos apresentava ainda um ferimento na mão, mostrando que ela ainda tentou se
defender. A informação foi confirmada pela delegada Nayana Chaves Teixeira.
“A sensação que nós temos aqui é de pesar e perda,
Loane trabalhava aqui em Caxias há cerca de 5 anos e era muito querida”,
afirmou a delegada. Uma perícia está sendo realizada na delegacia e o acusado
já foi transferido para a Central de Custódia de Presos da Justiça no município
de Caxias.
O homem identificado como Francisco Costa trabalha
como gari da Prefeitura de Caxias e ele estava detido acusado de abusar
sexualmente das suas duas filhas, todas menores de idade, que desde ontem (14),
após denunciarem os abusos do pai, estão na Casa de Passagem do município.
No momento em que o depoimento era coletado pela
escrivã, ele pegou uma faca que estava em cima de uma mesa, resultado de
apreensões, e esfaqueou a vítima. Ao ouvir os gritos de Loane, a investigadora
entrou na sala e também acabou sendo esfaqueada pelo homem.
Há suspeitas que o gari sofre de transtornos
mentais, após o crime ele ainda tentou fugir da delegacia, mas foi capturado
pela Polícia Militar próximo ao terminal rodoviário. O clima na Delegacia de
Polícia é de abalo total. Investigadores, policiais, delegados e demais
servidores estão visivelmente emocionados com o triste episódio.
Gari diz à polícia que matou escrivã
por medo de ficar preso
O homem preso acusado de matar a escrivã Loane
Maranhão da Silva, 32 anos, disse à polícia que não foi armado com faca para a
Delegacia da Mulher com intenção de matar a moça. Francisco Alves Costa, 43
anos, havia sido intimado para prestar depoimento sob acusação de ter estuprado
suas filhas, de 17 e 20 anos.
Fonte: Portal Cidade Verde e Portal AZ
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