A equipe da perícia da Polícia Federal prepara as
malas para avaliar o acervo de Márcio Lobão, filho do senador Edison Lobão
(PMDB-MA), que teve 1.200 obras apreendidas no Rio de Janeiro. A metodologia
pode ter consequências no mercado de arte brasileiro, ao detectar falsificações
em galerias, leilões e museus.
Com o uso de cinco técnicas diferentes, o trabalho
estabelece um parâmetro para avaliar com segurança a autoria e o valor de uma
obra de arte, e então estimar o montante e as condições da lavagem de dinheiro.
Márcio Lobão é figura conhecida no meio das artes
do Rio. Sua coleção inclui obras de artistas contemporâneos dos mais
valorizados do Brasil, como Adriana Varejão e Beatriz Milhazes, além do
modernista Volpi (1896-1988). O filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA) que
teria recebido propina pela obra da Usina de Belo Monte, conforme delações
feitas à Lava Jato, apurou seu gosto pela arte brasileira com o sogro, o
advogado Sergio Fadel. O filho de Lobão é descrito como um bom negociador de
arte, contaram ao Estado galeristas que atendem a elite carioca.
Conforme relato do ex-diretor da Andrade Gutierrez,
integrante do consórcio construtor de Belo Monte, entre R$ 4 milhões e R$ 5
milhões foram repassados ao senador Edison Lobão pelas obras de Angra 3 e R$
600 mil da usina hidrelétrica. De acordo com o delator, o valor relacionado a
Belo Monte foi entregue, em espécie, na casa de Márcio Lobão.
Fonte: Dalvana Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário