Nas obras que
tratam dos primeiros anos da independência política do Brasil, muitos
historiadores dão especial destaque ao fato de que os privilégios e desmandos
que marcavam o passado colonial não foram superados com o estabelecimento da
independência do país. Um dos casos em que tal perspectiva é ainda mais
evidente encontra-se na revolta da Balaiada, ocorrida em 1838, no Maranhão.
No século XIX, a economia maranhense atravessou uma forte crise, em grande parte decorrente da concorrência do algodão norte-americano no mercado internacional. Além disso, o estabelecimento da Lei dos Prefeitos – que concedia ao governador o privilégio de nomear os prefeitos municipais – causou outro tipo de atrito onde o mandonismo político acirrou as relações do povo com as instituições governamentais.
Dessa forma, podemos ver que a presença de três líderes nessa revolta, que muito bem representou a situação política ali vivida, impulsionou diversos focos de tensão. Raimundo Gomes, um dos primeiros líderes da revolta, mobilizou um grupo de escravos, vaqueiros e artesãos logo depois de libertar um grupo de vaqueiros aprisionados em Vila da Manga, a mando de um opositor político do patrão daqueles mesmos trabalhadores.
O artesão Manoel dos Anjos Ferreira, conhecido como Balaio, começou a lutar contras as autoridades provinciais depois de acusar o oficial Antônio Raymundo Guimarães de ter abusado sexualmente de suas filhas. Após conquistar vários adeptos, os revoltosos conseguiram controlar a cidade de Caxias, um dos maiores centro comerciais da época. A natureza popular desse movimento em muito ameaçou a estabilidade dos privilégios econômicos daqueles que detinham o poder na época.
Naquele mesmo ano, o negro Cosme Bento de Chagas, contou com o apoio de, aproximadamente, 3 mil escravos fugidos. O grande número de negros envolvidos na revolta deu traços raciais à questão da desigualdade ali colocada. Em resposta aos levantes, o coronel Luis Alves de Lima e Silva foi nomeado para controlar a tensa situação da província.
Em 1841, com farto armamento e um grupo de 8 mil homens, Luis Alves obteve sucesso na contenção dos revoltosos e, por isso, recebeu o título de Conde de Caxias. A desarticulação entre os vários braços revoltosos da Balaiada e a desunião em torno de objetivos comuns, facilitou bastante a ação repressora estabelecida pelas forças governamentais.
Todos os negros fugidos acusados de envolvimento na revolta foram reescravizados. Manoel Francisco Gomes foi abatido durante o movimento de retaliação da revolta. Já o vaqueiro Raimundo Gomes foi expulso do Maranhão e, durante sua deportação para São Paulo, faleceu em uma embarcação. O líder dos escravos, Cosme Bento, foi preso e condenado à forca em 1842.
No século XIX, a economia maranhense atravessou uma forte crise, em grande parte decorrente da concorrência do algodão norte-americano no mercado internacional. Além disso, o estabelecimento da Lei dos Prefeitos – que concedia ao governador o privilégio de nomear os prefeitos municipais – causou outro tipo de atrito onde o mandonismo político acirrou as relações do povo com as instituições governamentais.
Dessa forma, podemos ver que a presença de três líderes nessa revolta, que muito bem representou a situação política ali vivida, impulsionou diversos focos de tensão. Raimundo Gomes, um dos primeiros líderes da revolta, mobilizou um grupo de escravos, vaqueiros e artesãos logo depois de libertar um grupo de vaqueiros aprisionados em Vila da Manga, a mando de um opositor político do patrão daqueles mesmos trabalhadores.
O artesão Manoel dos Anjos Ferreira, conhecido como Balaio, começou a lutar contras as autoridades provinciais depois de acusar o oficial Antônio Raymundo Guimarães de ter abusado sexualmente de suas filhas. Após conquistar vários adeptos, os revoltosos conseguiram controlar a cidade de Caxias, um dos maiores centro comerciais da época. A natureza popular desse movimento em muito ameaçou a estabilidade dos privilégios econômicos daqueles que detinham o poder na época.
Naquele mesmo ano, o negro Cosme Bento de Chagas, contou com o apoio de, aproximadamente, 3 mil escravos fugidos. O grande número de negros envolvidos na revolta deu traços raciais à questão da desigualdade ali colocada. Em resposta aos levantes, o coronel Luis Alves de Lima e Silva foi nomeado para controlar a tensa situação da província.
Em 1841, com farto armamento e um grupo de 8 mil homens, Luis Alves obteve sucesso na contenção dos revoltosos e, por isso, recebeu o título de Conde de Caxias. A desarticulação entre os vários braços revoltosos da Balaiada e a desunião em torno de objetivos comuns, facilitou bastante a ação repressora estabelecida pelas forças governamentais.
Todos os negros fugidos acusados de envolvimento na revolta foram reescravizados. Manoel Francisco Gomes foi abatido durante o movimento de retaliação da revolta. Já o vaqueiro Raimundo Gomes foi expulso do Maranhão e, durante sua deportação para São Paulo, faleceu em uma embarcação. O líder dos escravos, Cosme Bento, foi preso e condenado à forca em 1842.
Fonte: Brasil
Escola
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