A HISTÉRICA VIOLÊNCIA “POLÍTICA” EM COELHO NETO

Nos últimos anos, e já nesta semana, vimos que a disputa entre os grupos que se dizem oposicionistas parece seguir por um caminho incompreensível: não se respeita opiniões, decisões, pontos de vista, nem o direito ao contraditório. Se o Sujeito não opta ou comunga com a ideia do outro passa a ser tratado como inimigo mortal. Por quê?

O que motiva essa violência? A necessidade de manter o poder e suas benesses?  O simples fato de garantir um emprego ou ficar bem visto aos olhos de quem detém o poder? Isso justifica agressões verbais ou físicas? Será que perdemos a capacidade de dialogar e resolver as diferenças de forma civilizada procurando os mecanismos legais para solucionar as contendas? Agora, em vez de adversários somos inimigos, capazes de utilizarmo-nos dos mais constrangedores artifícios para macular a índole do indivíduo contrário?

As eleições passam e os palanques precisam ser desmontados. Vivemos no mesmo espaço- uma cidade pequena-, onde as necessidades de emprego, saúde, educação, lazer, segurança, e outras, são comuns a todos. O objetivo comunitário tinha que ser único, independente de quem estivesse no poder: o bem-estar geral e irrestrito da sua população. Fazer uma escolha nem sempre significa ser oposição, nem tão pouco inimigo.