Hoje reproduziremos uma crônica de Anchieta Mendes publicada no Jornal Meio Norte, ano XVI, nº 6757 de 23.01.2011. Nela, o autor vale-se das graves acusações feitas pelo Professor Igor Pantuzza Wildmann à Educação Brasileira e ao caos que se instalou nas salas de aulas das escolas de nosso país. Eis a reprodução de algumas dessas "maravilhas" que devem servir de reflexão para os nossos educadores.
1- “Eu acuso as estatísticas hipócritas e interesses privados ao permitirem a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de estar ali;
2- Eu acuso a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas, e títulos; a lógica doentia do aluno-cliente, cada vez mais paparicado, o qual finge que não, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e felicidade amanhã;
3- Eu acuso a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, só para maquiar estatísticas do IDH; os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela manifestação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo;
4- Eu acuso os que agora falam em promover “um novo paradigma”, uma “nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e velha cultura da “vergonha na cara”; acuso os “cabeça-boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito;
5- Eu acuso os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templo de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis; acuso os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como acuso professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição;
6- Eu, veementemente, acuso os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam; os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários.” É, amigos, sabemos de tudo isso, mas ficamos calados. É bom quando alguém diz!
1- “Eu acuso as estatísticas hipócritas e interesses privados ao permitirem a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de estar ali;
2- Eu acuso a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas, e títulos; a lógica doentia do aluno-cliente, cada vez mais paparicado, o qual finge que não, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e felicidade amanhã;
3- Eu acuso a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, só para maquiar estatísticas do IDH; os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela manifestação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo;
4- Eu acuso os que agora falam em promover “um novo paradigma”, uma “nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e velha cultura da “vergonha na cara”; acuso os “cabeça-boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito;
5- Eu acuso os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templo de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis; acuso os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como acuso professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição;
6- Eu, veementemente, acuso os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam; os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários.” É, amigos, sabemos de tudo isso, mas ficamos calados. É bom quando alguém diz!
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