O que era pra ser o maior avanço na rede pública estadual de ensino
começa a se transformar no maior engodo promovido por um governo eleito
com a promessa de mudança e de libertação de velhas práticas politiqueiras.
De autoria da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), o concurso público
para professor de educação básica no Maranhão, que deveria ter aberto 3001
vagas conforme projeto do Poder Executivo aprovado pela Assembleia Legislativa
em maio de 2015, acabou ofertando apenas a metade das vagas, mesmo tendo
orçamento em caixa para lançar o total das vagas. O governador Flávio
Dino (PCdoB), que havia confirmando a abertura das 3001 vagas durante o
ato de solenidade de posse, silencia.
Em novembro do ano passado, exatas 83.468 pessoas se inscreveram no
concurso, mas um número incerto pode ter sido prejudicado por uma grave falha
da Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade
Federal do Maranhão (FSADU), realizadora do certame, que divulgou a relação de candidatos aprovados
para a prova de títulos com uma questão com gabarito errado. Apesar
da chuvarada de denúncias de candidatos, o governador Flávio Dino, que em
entrevistas à mídia nacional tem se arvorado como promovedor de melhorias no
ensino público estadual, silencia novamente.
Além da divulgação do gabarito errado, a mesma FSADU, em resposta a
recursos de candidatos, tem distorcido as solicitações sobre correção de
questões, sendo a maioria da questão 30, cujo resposta correta é a letra B,
conforme alertado pelos candidatos nos recursos, mas criminosamente distorcida
pela Fundação Sousândrade para a letra C. O governador Flávio Dino, novamente,
mantem-se em silêncio absoluto.
Se não bastasse a má fé da realizadora do concurso, que aliás vem
faturando milhões de milhões no governo comunista, denúncias de candidatos,
já comprovadas, mostram que Fundação Sousândrade plagiou pelo menos uma dezena
de questões de outros concursos realizados pelo país, fraude suficiente para o
cancelamento do certame. Ainda assim, o governador Flávio Dino, que jura
de pés que vem se empenhando para melhorar os indicadores sociais e
promover educação pública de qualidade, nada faz, nada diz.
E para completar o engodo, a FSADU segue no silêncio do governador, e a
Secretaria de Estado da Educação (Seduc), comandada pela professora Áurea Prazeres, fugiu de qualquer manifestação sobre as diversas
denúncias contra o concurso, tática também seguida
pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas
Estadual e Municipais do Maranhão (Simproesemma), comandado pelo PCdoB.
Fonte: Atual 7
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