NA HORA DA MORTE
Carlos Machado
Sonhei partindo para outro plano
Enquanto estava no ataúde
Percebi lágrimas escorrendo em faces sofridas
Olhei minha mãe
Vi “amigos” sorrindo
Apostavam sobre o
destino de minha alma
A vida passa em segundos na memória
Como um flash de brilho instantâneo
Morri- tudo acabou e peguei-me a meditar
Como são poucos os que nos amam
E, quão pouco amamos a
quem nos estima
Quantas demasias
Quantas asneiras
Quantos atos tresloucados
Quantas falsidades e egoísmos
Sonegadores de direitos
Egocêntricos costumasses
Etnocêntricos julgadores
Rimos da desgraça alheia
Sem abalar a consciência
Usurpamos sonhos
Não valorizamos a quem amamos
Sem preocupação com a lei do retorno
Somos tolos
A língua, pedaço de carne estúpida
Quanto ferimento causa
Não temos causa, temos lado- o nosso
Individualistas, usamos a hipocrisia como arma
A consciência dói quando morremos
Os lamentos refletem um arrependimento tardio
Tarde demais para reparar erros
E perceber que poderia ter feito direito
Acordei...
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