"Inacreditável." É a palavra usada
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre a tentativa do
presidente do Senado, Renan Calheiros, de colocar em votação ainda na noite da
quarta-feira, 30, o pacote de medidas originalmente contra a corrupção aprovado
na Câmara dos Deputados. "Me recuso a acreditar que tenha havido uma
manobra para, abusando do cargo que exerce, conseguir algum retorno para si
próprio", disse Janot, em entrevista por telefone ao Estado, citando o
julgamento de Renan pelo Supremo Tribunal Federal (STF) previsto para acontecer
nesta quinta-feira, 1.
Sobre a votação na
Câmara, Janot afirmou que "as 10 medidas contra a corrupção morreram e, ao
invés delas, o que veio foi um instrumento de pressão sobre o Ministério
Público e a magistratura". "O que houve foi um massacre."
Autointitulado um "otimista incorrigível", o procurador-geral disse
que confia na possibilidade de reverter a situação. "O caminho é
longo", disse. Segundo ele, depois da votação no Senado ainda há a chance
de veto presidencial e, depois, a possibilidade de questionar o texto no STF.
Fonte: O Estadão
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