A passagem do deputado Jair Bolsonaro por Teresina-PI, que
foi destaque em vários veículos de comunicação, sites, blogs e redes sociais,
rendeu diferentes formas de apresentação da notícia. Lendo algumas delas
percebi várias tendências na notificação. Abaixo uma, publicada em um Blog de
São Luís.
Primeiro, no título da publicação fica, quase, evidente que a
jornalista foi xingada por Bolsonaro. Quem lê de forma desatenta pensa assim,
num primeiro momento. O sentido dúbio pode não ter sido intencional, mas que
parece, parece.
Depois, em uma parte do texto, o jornalista esclarece que o
xingamento foi patrocinado por simpatizantes de Bolsonaro, portanto excluindo o
político da ação covarde. Mas, em nenhum momento livra Bolsonaro de co-participão.
Em Teresina, a jornalista Cinthia Lages,
do Grupo Meio Norte de Comunicação, foi hostilizada por simpatizantes de
Bolsonaro. Segundo relatos da própria jornalista, ela ouviu os impropérios e
agressões quando tentava entrevistar a “celebridade” no alto de uma caminhonete
utilizada como palanque.
Acontece que a própria jornalista afirma, em nota, que o
barulho que era feito por parte dos presentes impedia Bolsonaro de ouvir os
xingamentos. Ou seja, o sentido dúbio do título da postagem tem objetivo. Bem
que poderia ser: Jornalista é chamada de puta, vadia, stalinista e comunista
por simpatizantes de Bolsonaro, em Teresina. Simples assim!
Em tempo: Não concordamos com atos covardes e preconceituosos como
o que aconteceu com a jornalista. Ela, independentemente de suas opiniões e
escolhas, (e, apesar de não ter dito se é contra ou a favor do deputado),
merece respeito. Stalinistas, comunistas e vadios são os que assim agem em nome
da defesa de seus interesses mesquinhos.
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