A EXPLOSÃO CULTURAL DA EXPLODE
CORAÇÃO
Lázaro Albuquerque Matos
Lázaro Albuquerque Matos
“A fogueira está queimando
Em homenagem a São João
O forró já começou
Vamos, gente, rapa-pé nesse salão...
Olha pro céu, meu amor
Veja como ele está lindo
Olha pra que balão multicor
Como no céu vai sumindo”...
A quadrilha é uma invenção francesa que Deus – brasileiro que é – abençoou no
Brasil, ainda Colônia. Ela chegou ao Brasil para animar as festas-baile da
corte portuguesa em terras brasileiras. Firmou-se no Império de Pedro I e no de
II, e tornou-se republicana com Deodoro da Fonseca, até cair nas graças de Luiz
Gonzaga, nas festas juninas do Nordeste.
Ainda com o “anarriê” francês, as quadrilhas brasileiras tomaram conta das
festas de Santo Antônio, São João e São Pedro. E Luiz Gonzaga direciona muitas
de suas músicas, por meio de sua sanfona, para os festejos juninos, e fez do
Nordeste do Brasil um grande arraial colorido, arretado de bom, com as
quadrilhas dançando, as fogueiras queimando e os balões subindo: um milho
debulhado na cuité, como se dizia antigamente de uma coisa boa. Do milho, vêm
ainda a pamonha, a canjica, o bolo, o chá-de-burro e o aluá com rapadura, para
as noites de festa dos santos juninos.
As quadrilhas matutas e tradicionais modernizaram-se, com dança e coreografia
diferentes, sem o pra frente e pra trás do anarriê francês. De passos novos, e
com a indumentária modificada, as quadrilhas de hoje perderam o aspecto do
matuto caboclo nordestino. O vestuário policromado, de material sintético, substituiu
a estampa da chica e do chitão na roupa dos brincantes das quadrilhas
tipicamente caipiras de antigamente.
No entanto, o que era doce não acabou; ficou mais doce. As açucaradas
quadrilhas de hoje têm origem nas antigas de sabor matuto e caipira, que, por
serem muito gostosas, transpuseram para os dias de hoje o bom gosto e a doçura
para que as festas juninas mostrem suas quadrilhas modernas.
A doçura da modernidade das quadrilhas – como não poderia deixa de ser – chegou
a Duque Bacelar e nos deu a monumental e moderna “EXPLODE CORAÇÃO”. Jovens –
rapazes e moças – bacelarenses, unidos por um só objetivo, criaram o grupo
cultural Explode Coração. A quadrilha bacelarense, de doçura invejável, espoca
corações Brasil afora com sua explosão dançante e multicolorida. Isso implodiu
Duque Bacelar de orgulho. O orgulho do bacelarense posto aí: o encanto da quadrilha
explode é seu.
Os jovens da Explode levam a cultura de Duque Bacelar, de forma brilhante e
contagiante, com muito destaque, para ser vista e encantar nos centros de
cultura mais avançados do Maranhão e do Brasil. Lá, a cultura junina de Duque
Bacelar, levada pela Explode, mostra que existe. E faz bonito. É isso aí,
Explode!
As festas juninas do Nordeste e suas quadrilhas são traços fincados na raiz cultural
do povo. Tudo que vem do povo é cultura. E nada mais cultural do que as
manifestações expressas pelo povo nas festas juninas e suas quadrilhas. A
porção nordestina de Duque Bacelar inseriu-se no contexto cultural do Nordeste,
por meio da nossa quadrilha “EXPLODE CORAÇÃO”, que abrilhanta qualquer ambiente
festivo e cultural com o folguedo de sua explosiva alegria. É isso aí, Explode!
De coração bacelarense explodido, eis-me um grande admirador da cultura de
Duque Bacelar, exibida pela nossa quadrilha.
Vamos pular a fogueira cultural da EXPLODE CORAÇÃO!
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