A semana em Coelho Neto não começou bem. As notícias da
morte de pessoas conhecidas trazem uma sensação de vazio, de tristeza, que
envolve a todos. Além disso, fatos corriqueiros servem de pano de fundo para a
triste realidade que estamos vivendo nos últimos meses na área política,
principalmente.
Estamos diante de enormes dificuldades econômicas. E, apesar
do início da moagem o quadro de desemprego é desolador, com famílias inteiras
sem nenhum horizonte, tendo como única alternativa pegar a estrada e procurar
outras paragens. As perspectivas de melhoras da situação não são nada
alentadoras, pois o governo que se instalou na prefeitura, desde janeiro, não
apresenta, absolutamente, nenhuma esperança de que dias melhores virão, a não
ser para o prefeito e seus apaniguados.
Na época de Soliney, e isso é dito nos quatro cantos da
cidade, tinha dinheiro circulando no comércio, a situação era mais tranquila
tanto para a iniciativa privada, quanto no funcionamento dos órgãos de
atendimento à população. A cidade respirava, muita gente empregada na
prefeitura recebendo todo mês. Agora, boa parte dos recursos gastos com pessoal
vão para a vizinha cidade de Caxias.
Nessa semana, também, a Câmara de vereadores poderá (ou não)
cometer uma enorme injustiça política com o ex-prefeito Soliney Silva. Amanhã,
dia 19 de julho, os vereadores se reunirão para votar a prestação de contas do
ano de 2010, aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado-TCE-, mas, segundo
comentários de populares, já reprovadas por ordem do conselheiro-mor, Américo
de Sousa.
Hoje, é questionamento geral, qual será a atitude dos
vereadores que foram beneficiados no governo de Soliney, que foram eleitos no
mesmo palanque liderado pelo ex-prefeito. A população quer saber como votarão
esses vereadores, na prestação de contas. Questionam se eles vão seguir o
parecer favorável do TCE ou se atenderão às ordens do prefeito atual. Como
faltam mais de três anos para o fim do atual mandato muitos acreditam que vai
acontecer uma enorme ingratudine, ingratidão em latim, com o ex-prefeito.
Lembrei-me do imperador Júlio César, que teve um papel
fundamental na passagem da República para o império romano. Após uma
conspiração do senado Júlio César foi assassinado, em 15 de março de 44 a.C., e
o que ele disse quando estava sendo apunhalado tornou-se célebre e sinônimo de
traição. Essa traição, as punhaladas através do voto dos vereadores, pode
acontecer (ou não), amanhã, no plenário da Câmara. ” Até tu, Brutus, filho meu? ”
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