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terça-feira, 18 de julho de 2017

INGRATUDINE - “ATÉ TU, BRUTUS, FILHO MEU?”

A semana em Coelho Neto não começou bem. As notícias da morte de pessoas conhecidas trazem uma sensação de vazio, de tristeza, que envolve a todos. Além disso, fatos corriqueiros servem de pano de fundo para a triste realidade que estamos vivendo nos últimos meses na área política, principalmente.

Estamos diante de enormes dificuldades econômicas. E, apesar do início da moagem o quadro de desemprego é desolador, com famílias inteiras sem nenhum horizonte, tendo como única alternativa pegar a estrada e procurar outras paragens. As perspectivas de melhoras da situação não são nada alentadoras, pois o governo que se instalou na prefeitura, desde janeiro, não apresenta, absolutamente, nenhuma esperança de que dias melhores virão, a não ser para o prefeito e seus apaniguados.

Na época de Soliney, e isso é dito nos quatro cantos da cidade, tinha dinheiro circulando no comércio, a situação era mais tranquila tanto para a iniciativa privada, quanto no funcionamento dos órgãos de atendimento à população. A cidade respirava, muita gente empregada na prefeitura recebendo todo mês. Agora, boa parte dos recursos gastos com pessoal vão para a vizinha cidade de Caxias.

Nessa semana, também, a Câmara de vereadores poderá (ou não) cometer uma enorme injustiça política com o ex-prefeito Soliney Silva. Amanhã, dia 19 de julho, os vereadores se reunirão para votar a prestação de contas do ano de 2010, aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado-TCE-, mas, segundo comentários de populares, já reprovadas por ordem do conselheiro-mor, Américo de Sousa.

Hoje, é questionamento geral, qual será a atitude dos vereadores que foram beneficiados no governo de Soliney, que foram eleitos no mesmo palanque liderado pelo ex-prefeito. A população quer saber como votarão esses vereadores, na prestação de contas. Questionam se eles vão seguir o parecer favorável do TCE ou se atenderão às ordens do prefeito atual. Como faltam mais de três anos para o fim do atual mandato muitos acreditam que vai acontecer uma enorme ingratudine, ingratidão em latim, com o ex-prefeito.

Lembrei-me do imperador Júlio César, que teve um papel fundamental na passagem da República para o império romano. Após uma conspiração do senado Júlio César foi assassinado, em 15 de março de 44 a.C., e o que ele disse quando estava sendo apunhalado tornou-se célebre e sinônimo de traição. Essa traição, as punhaladas através do voto dos vereadores, pode acontecer (ou não), amanhã, no plenário da Câmara. ” Até tu, Brutus, filho meu? ”

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