INDIGNAÇÃO
Carlos
Machado
Não posso
aceitar sem me indignar
Vivendo
num país cheio de gente malfazeja
Que
hipocritamente fingem não ver
O povo
sofrendo sem empacar
Gente
miserável na rua
Gente
pobre, nua
Nua pela
incompreensão dessa minoria
Que
explora indecentemente
Com
políticas públicas imprudentes
Que não
dignificam a nossa pobre gente
Quero o
pão divido na mesa
A roupa
limpa e engomada
Uma casa
limpa e mobiliada
Condições
básicas para uma vida honrada
Quero
escola, segurança e prosperidade
Andar sem
medo da insanidade
Que limita
as ruas da cidade
Quero
tomar uma cerveja tranquilo
Não ter
medo de bandido
Não quero
sentir saudade de tempos idos
E viver na
angústia de um momento perdido
Quero
viver o presente decentemente
E preparar
o futuro tranquilamente
Não posso
aceitar
Que
continuem a me tratar como um lesado
Incapaz de
perceber que estou sendo ludibriado
Não quero
um país sucateado
Com poucos
tendo os direitos resguardados
E a
maioria sem os direitos conquistados
Quero um
país livre da tirania
Dos que
montados no capitalismo selvagem
Riem da
nossa cara com ironia
Não quero
perder a esperança
Nem morrer
sem ver um dia
O Hino
Nacional sendo cantado com alegria
A
igualdade batendo na porta dos desiguais
Os
bandidos sendo julgados nos tribunais
Com a cara
estampada nas páginas dos jornais
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