O corpo da piauiense Raine
Barreira Lopes, de 24 anos, foi encontrado em avançado estado de decomposição
na última quarta-feira, 1º de agosto, na residência onde morava com o
companheiro Evandro, em São Paulo. Natural de Barreiras do
Piauí, Raine morava com a tia na capital paulista desde pequena, quando perdeu
a mãe. Estudante do último ano de Fisioterapia, há um ano mantinha um
relacionamento com estudante de Educação Física Evandro, de 27 anos, com quem
morava desde fevereiro deste ano. Ela foi encontrada morta depois que os vizinhos
sentiram um forte cheiro vindo da casa e chamaram a polícia. Junto com o corpo
em avançado estado de decomposição foram encontrados bilhetes suicidas
supostamente escritos por ela.
Segundo informações dos
familiares da vítima, desde o início da relação Evandro se mostrou extremamente
ciumento e controlador, ao ponto de não permitir que Raine instalasse
aplicativos de redes sociais em seu celular. Por conta dos constantes alertas
da família à Raine, que chamavam atenção para a natureza agressiva do rapaz, o
casal decidiu ir morar juntos. A família sequer sabia onde se localizava a
residência em que eles moravam, pois ele não permitia que ela informasse o
endereço.
De acordo com a perícia,
Raíne estaria morta há pelo menos 10 dias. O corpo de Raine foi encontrado de
bruços na cama, coberto com edredon e bichos de pelúcia em volta. Os bilhetes
suicidas encontrados na casa, a polícia acredita terem sido escritos por
Evandro. Mesmo com a companheira morta, Evandro tocou a vida normalmente e
chegou a jogar futebol com o irmão da vítima, no sábado. Na última
segunda-feira (30), uma das vizinhas do casal o viu entrando na casa e, na
saída, ele falou com ela e disse que tinha vindo buscar os talões das contas
vencidas.
Uma semana depois sem contato
com Raine, a família foi surpreendida com um perfil no Facebook da moça, o que
acharam estranho, já que o companheiro não permitia que ela acessasse as redes
sociais. A família também estranhou a linguagem de baixo calão do perfil, o que
não era o hábito de Raine. Emerson, irmão de Raine, chegou a conversar com a
suposta irmã, a qual teria informado que estava bem e que faria uma viagem para
o Piauí com o companheiro. Alguns dias depois, a moça foi encontrada morta.
Devido ao avançado estado de
decomposição do corpo, a perícia ainda não conseguiu identificar a causa da
morte. Entretanto, por causa da grande quantidade de sangue encontrada na casa,
a polícia acredita que ela tenha sido esfaqueada. Até o momento a polícia não
tem muitas informações sobre Evandro e até mesmo o seu sobrenome ainda é
desconhecido, já que todas as contas do casal estavam em nome de Raine.
No local de trabalho da moça,
uma padaria onde trabalhava há seis anos, a polícia descobriu ainda que o rapaz
teria tido um caso com uma colega de trabalho dela, a qual pediu demissão um
dia após o desaparecimento da moça. O suspeito encontra-se foragido. O
caso está investigado pela 13ª Delegacia de Polícia, na zona norte de São
Paulo.
Fonte: Meio Norte
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