O mesmo instituto que premiou um jumento, como
mostrou a reportagem do Fantástico de domingo (05), também premiou diversos
prefeitos piauienses. Entre os “premiados, o Professor Ribinha (PT), de Campo
Maior; Padre Walmir (PT), de Picos; Rubens Vieira, de Cocal; e ainda Ricardo
Sales, de Murici dos Portelas.
De acordo com a reportagem, o esquema funciona da
seguinte forma: sem critérios claros, empresas divulgam rankings de premiações
de gestores, incluindo melhor prefeito, melhor secretário, melhor vereador. E
os interessados em receber a honraria, têm de não só pagar pelo diploma e pela
medalha, mas também custear diárias nas cidades onde acontecem as premiações.
No caso da prefeitura de Campo Maior, o site 180
graus apuraram que foram gastos R$ 23.650,00 para receber a honraria, incluindo
diárias, tendo a secretária de Assistência Social, Nilzana Gomes, e secretário
César Ribeiro, acompanhado o prefeito do PT na solenidade de premiação em
Recife. Nosso jornalismo apura ainda os valores pagos pelas demais prefeituras.
Tão logo foi feita a associação entre o prêmio e a
denúncia em rede nacional, a prefeitura de Campo Maior divulgou nota em sua
página no Facebook, dizendo que tomará as medidas cabíveis. O que, no mínimo,
inclui devolver aos cofres públicos o valor gasto com a premiação.
A falta de critérios para esta premiação ficou
evidente com a reportagem exibida pelo Fantástico, quando a produção conseguiu
que o jumento “Precioso” fosse premiado pela União Brasileira de Divulgação.
Outra empresa que atua da mesma forma é o Instituto Tiradentes. Juntas, segundo
o Fantástico, as duas empresas realizam até 20 premiações por ano.
A relação entre as empresas e os gestores públicos
começou a ser investigada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
Sul. Além da verba para a inscrição, os prefeitos e vereadores usam também de
diárias para incluir na conta do contribuinte a promoção pessoal.
Fonte: Blog do Gilberto Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário