O
italiano Cesare Battisti, de 64 anos, cuja extradição foi determinada pelo
Supremo Tribunal Federal (STF), em 13 de dezembro do ano passado, foi capturado
na Bolívia. De acordo com as autoridades da Itália, a detenção foi possível
pela parceria entre investigadores italianos e bolivianos. Ele caminhava
tranquilamente pela rua e usava uma barba falsa.
Battisti
estava em Santa Cruz de La Sierra, uma das principais cidades da Bolívia, e foi
capturado por volta das 17h deste sábado (12). Segundo relatos, ele não tentou
escapar. Questionado pelos policiais, respondeu em português. O italiano usava
calça azul e camiseta, óculos escuros e barba falsa.
As
autoridades avaliam se a extradição para a Itália será feita diretamente da
Bolívia ou se Battisti será enviado para o Brasil e, assim ser encaminhado para
a Europa. Há uma aeronave do governo italiano com agentes da Aise, a agência de
inteligência do país, aguardando orientações, em território boliviano.
Condenação
Condenado
à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de
quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados
pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as
autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.
No
Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália
pediu sua extradição, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato,
em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que
Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte.
O
presidente Jair Bolsonaro, mesmo antes de empossado, defendia a extradição de
Battisti. Nos últimos dias do governo Michel Temer, houve a decisão do STF.
Após dias de buscas, a Polícia Federal divulgou 20 simulações sobre a possível
aparência do italiano.
Fonte:
Jornal do Brasil
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