“Hobbes se encontra no período entre os séculos 16 e
17. A natureza humana para Hobbes é má. O homem é mau, não presta. Essa tese se
encontra na obra "O Leviatã", inspirada em uma figura mitológica, que
é uma serpente que fez um acordo com os homens. Na medida em que os homens não
cumprem o acordo, a serpente vem e os devora”, comentou o professor de
filosofia Fábio Medeiros.
Segundo a teoria de Hobbes, se o homem já nasce mau,
ele não sabe viver em sociedade e precisa de um estado autoritário, que dite as
regras, as normas de convivência. “Essa tese vai fundamentar sua visão de
estado absoluto. A visão é de que o homem não tem a pretensão de ser social. Ele é
mau, o que causa insociabilidade. Para se tornar social, é preciso formar um novo
pacto, um novo acordo entre homens, para que eles possam renunciar à coisa mais
importante num estado de selvageria, que é a liberdade”, relatou o Professor.
Na rua ou nos noticiários, quando acontecem fatos que
demonstram atitudes de extrema maldade, o homem fica inclinado a concordar com
Hobbes. “Principalmente quando são atitudes não condizentes com o
exercício da cidadania, como cuidar da cidade, do outro, consigo mesmo. A
gente tem que continuar fazendo a discussão e redefinir nossos papéis como cidadão,
como pessoa, ser humanizado. Acreditar na tese de Hobbes é acreditar que não
temos oportunidade de nos mostrar diferentes da maldade”, disse Fábio.
Fonte: G1.com.globo
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