O líder do Khmer Vermelho e ditador do Camboja de 1975
a 1979 foi diretamente responsável por um dos mais graves genocídios da
história moderna.
O genocídio cambojano foi realizado pelo regime do
Khmer Vermelho liderado por Pol Pot entre 1975 e 1979, no qual morreram entre
um e meio a três milhões de pessoas. A guerra civil do Camboja resultou no
estabelecimento da Kampuchea Democrática pelo Khmer Vermelho vitorioso, que
planejava criar uma forma de socialismo agrário baseada nos ideais do
estalinismo e do maoísmo. Políticas subsequentes resultaram no deslocamento
forçado da população urbana, tortura, execuções em massa, trabalho forçado,
desnutrição e doenças que mataram aproximadamente 25% da população total (mais
de 2 milhões de pessoas). O genocídio terminou em 1979 após a invasão
vietnamita do Camboja. Até 2009, foram descobertas 23.745 valas comuns.
Ao contrário de outros genocídios ou conflitos,
ninguém estava livre de ser declarado um inimigo do Estado. Mesmo se alguém
fosse considerado do lado correto, isso podia mudar no dia seguinte – muitos
membros do Khmer Vermelho também foram mortos durante os expurgos.
Crianças e bebês não estavam livres de sua crueldade;
muitas vezes observou-se que “para eliminar as ervas daninhas também temos que
erradicar as raízes”. Qualquer pessoa afiliada ao regime de Lon Nol ou ao
exército também foi morta imediatamente.
Nenhuma evidência era necessária para enviar uma
pessoa à prisão e as pessoas muitas vezes fabricavam suas confissões de vários
crimes, acreditando que isso acabaria com seu tormento. Na verdade, na maioria
das vezes elas eram executadas assim que forneciam uma lista nova com o nome
das pessoas que deviam ser presas.
Inicialmente, as execuções não eram necessárias: a
fome servia como uma ferramenta eficaz para eliminar populações indesejáveis,
mas como mais e mais pessoas eram enviadas à prisão, o Khmer Vermelho
implementou um sistema de “campos de extermínio”, estabelecendo centenas deles
por todo o Camboja.
À medida que o genocídio avançava, a sobrevivência era
determinada pela capacidade de trabalhar em fazendas coletivas. Isso significou
que muitos dos idosos, deficientes, doentes e crianças do Camboja tornaram-se
alvo devido à sua incapacidade de fazer trabalho manual duro.
Foram abolidos o dinheiro, os mercados livres, as
escolas, a propriedade privada, os estilos estrangeiros de roupas, as práticas
religiosas e a cultura tradicional, e os edifícios como escolas, templos e
propriedades governamentais foram convertidos em prisões, estábulos, campos e
celeiros.
As relações familiares foram fortemente criticadas e
os seguidores do Khmer Vermelho insistiram em que todos considerassem “Angkar”
(traduzida para A Organização, referindo-se ao nível mais alto do regime) como
sua mãe e seu pai. As crianças-soldados eram uma grande ferramenta do Khmer
Vermelho, pois eram fáceis de controlar e seguiam as ordens sem hesitação, ao
ponto de que muitos foram forçados a atirar em seus próprios pais.
Fonte: epochtimes.com.br
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