Charles Manson
e seu clã, conhecido como "A Família", foram responsáveis pelo
episódio mais cruel e sanguinário da história de Hollywood, que continua a ser
chocante. Manson era um músico excêntrico, um aficionado por LSD, carismático,
emocionalmente desequilibrado e ansioso pela fama e grandeza. Este combo
explosivo permitiu que ele formasse ao seu redor uma espécie de harém de
mulheres entregues ao seu controle, além de inúmeros seguidores dispostos a
realizar seus planos macabros.
Seu
desequilíbrio mental levou-o a pensar que os Beatles transmitiam mensagens
sobre o fim do mundo através do "The White Album" (1968) e a música
"Helter Skelter" foi associada ao crime cometido por "A
Família" que matou, entre outras vítimas, Sharon Tate.
Foi assim que,
em 9 de agosto de 1969, no luxuoso bairro de Beverly Hills, Los Angeles, quatro
membros da "Família" entraram em uma mansão para executar a ordem de
seu líder. Ali encontravam-se a atriz Sharon Tate, símbolo de seu tempo e
esposa do diretor de cinema Roman Polanski, que estava grávida de oito meses e
meio, ao lado de seu cabeleireiro e outros três amigos. Os membros do clã
(Susan Atkins, conhecida como Sexie Sadie, Patricia Krenwinkel, Leslie van
Houten e Tex Watson) não tiveram piedade: atiraram e esfaquearam os cinco.
Quando a polícia de Los Angeles chegou à cena, eles encontraram, juntamente com
os corpos, os muros da mansão escritos com o sangue das vítimas.
Apenas dois
dias depois, um casal que vivia ao lado da mansão de Tate e Polanski também foram
mortos. Entre as causas alegadas do assassinato, alguns pesquisadores mencionam
que a mansão onde os eventos aconteceram tinha pertencido antes a Ferry
Melcher, um produtor musical que havia rejeitado uma gravação de Manson, que,
por sua vez, teria planejado isso como uma bizarra vingança. Outro fator teria
sido a obsessão de Manson com Sharon Tate, de quem ele disse, 45 anos após o
assassinato, "vou me manter fiel a ela enquanto viver".
Manson, que na
época foi condenado à morte por esses crimes e outros dois assassinatos, mas
cuja sentença foi mudada para prisão perpétua em 1972, vivia na prisão de
Corcoran, na Califórnia.
Fonte:
br.historyplay.tv
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