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terça-feira, 2 de junho de 2020

ÁFRICA: CONFLITOS ENTRE SUDÃO E SUDÃO DO SUL

O Sudão tem uma história marcada por muitos conflitos e guerras civis. É um país abundante em petróleo e em recursos minerais, como o ouro. A Primeira Guerra Civil Sudanesa ocorreu entre os anos de 1955 e 1972. Esse conflito bélico, travado entre o governo do Sudão e rebeldes do sul, tinha por objetivo a separação da região sul do Sudão. Essa guerra civil dizimou cerca de meio milhão de pessoas. Cessou com o acordo conhecido como Tratado de Adis Abeba, que afirmou a independência e a autonomia da região sul do Sudão, criando, então, o Sudão do Sul.

Esse acordo, contudo, foi rompido no ano de 1983, e a guerra reiniciou-se. Deu-se início, então, à Segunda Guerra Civil Sudanesa, conflito que durou de 1983 a 2005. Essa guerra foi um embate entre a parte norte do Sudão e a parte sul. A motivação desse conflito foi uma questão religiosa: o governo da região norte que era muçulmano e tentou impor o código de leis do islamismo em todo o país. Contudo, boa parte da população da região sul do Sudão era cristã ou animista.

Esse conflito bélico perdurou cerca de 20 anos e dizimou aproximadamente 2 milhões de pessoas. Em 2005, foi assinado um acordo de paz e, a partir disso, surgiu a região autônoma do Sudão do Sul. Essas guerras sudanesas tiveram como consequência um quadro de miséria, fome, doenças e muitos refugiados.

Atualmente, o Sudão do Sul vive um quadro dramático de fome e tem enfrentado problemas em relação ao número de refugiados que se deslocaram para lá. O conflito mais atual no Sudão do Sul, de ordem política, é travado entre os rivais Salva Kiir, presidente do país, e Riek Machar, o maior líder rebelde sudanês. Essa guerra civil estende-se desde o ano de 2013 e é motivada por esse conflito político e étnico, que vitimou cerca de 10 mil pessoas e arruinou a economia do país. Segundo O Globo, Kiir e Machar firmaram, em agosto de 2018, um acordo para dividir o poder, dando início a um possível acordo de paz.

Fonte: Mundo Educação

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