1. Minha Luta
Em seu próprio livro, Minha Luta (Mein Kampf), Hitler já mostrava como sua posição era diferente
das ideologias de esquerda. A confusão entre as políticas corporativas e
autocráticas da proposta nazista com lógica comunitarista e planificadora do
comunismo marxista era até mesmo uma espécie de piada para o Führer. “Quantas boas gargalhadas demos à custa desses idiotas
e poltrões burgueses, nas suas tentativas de decifrarem o enigma da nossa
origem, nossas intenções e nossa finalidade! A cor vermelha de nossos cartazes
foi por nós escolhida, após reflexão exata e profunda, com o fito de excitar a
esquerda, de revoltá-la e induzi-la a frequentar nossas assembleias; isso tudo
nem que fosse só para nos permitir entrar em contato e falar com essa gente”,
escreveu o nazista.
2. Horror aos “vermelhos”
Os ideais comunistas presentes na retórica marxista
eram de total repulsa para o político austro-alemão. Ainda no Mein
Kampf, no capítulo A Luta com os Vermelhos, Hitler analisa a relação ideal a se
estabelecer entre o povo alemão e as ideologias classistas de esquerda,
colocando a necessidade do combater o marxismo impregnado na sociedade alemã.
Defendendo o aniquilamento dos socialistas,
anarquistas e esquerdistas em geral, durante seu governo, milhões de membros de
movimentos de esquerda foram mortos ou torturados em campos de concentração,
juntamente aos judeus.
3. Propriedade privada
A principal condição para que se considere um
posicionamento comunista é a de ser a favor do fim da propriedade privada. No
entanto, essa não era a premissa para o regime instaurado por Hitler — muito
pelo contrário. O líder fez com que muitas empresas conseguissem se estabelecer
economicamente e, ainda, lucrar com o autoritarismo e antissemitismo da
ideologia nazista.
Segundo o artigo Aposta em Hitler — O valor das
conexões políticas na Alemanha Nazista, de Thomas Ferguson e Hans-Joachim
Voth, uma em cada sete empresas
aprovavam o nazismo no início dos anos 1930. Os autores apontam que muitas estavam envolvidas com o regime, e
foram muito bem compensadas por isso. A tese ainda revela que as instituições
que apoiaram o movimento nazista tiveram uma alta extraordinária e incomum, com
retornos avaliados em 5 a 8% entre o período de janeiro e março de 1933.
4. Raça superior
A ideologia nazista não visava uma sociedade
igualitária, tal qual prega o comunismo, mas sim uma raça superior — totalmente
o oposto do que dizem as teorias de esquerda. Em uma sociedade sem opressões,
não haveria espaço para um posicionamento de superioridade baseada na biologia.
Além disso, o marxismo também leva em conta uma
análise materialista do mundo, não biológica, como o nazismo. Ao usar o
“social-darwinismo” como base, Hitler insiste que o poder deveria estar com os
indivíduos mais aptos, — para ele, a raça ariana, — e não com a massa da classe
trabalhadora.
5. Invasão à URSS
Colocando seu ódio aos comunistas em prática, o Führer
invadiu a União Soviética, a maior representação da ideologia na época, em
junho de 1941, na chamada Operação Barbarossa. Com o intuito de acabar com a
ameaça do bloco frente ao mundo, o nazista liderou suas tropas para conquistar
as terras do da URSS.
Na tentativa de cumprir sua velha promessa de enterrar
o comunismo e ampliar o espaço vital para a raça ariana, Hitler organizou
a gigantesca ação militar, que envolveu mais de 3 milhões de homens, 3.580
veículos blindados, 7 mil peças de artilharia e milhares de aviões. "Só
temos de chutar a porta e toda a estrutura podre desmoronará”, afirmou o líder.
Fonte: Aventuras na História
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