O futuro político do ministro dos Esportes, André Fufuca
(UP), entrou em xeque após a decisão da federação PP União Brasil de
desembarcar do governo Lula. A medida praticamente enterra o plano do deputado
maranhense de usar o ministério como trampolim para disputar o Senado em 2026 e
o força a recalcular sua rota, mirando agora a reeleição para a Câmara dos
Deputados.
Na tentativa de se projetar ao Senado em 2026, Fufuca já fechou R$ 157 milhões
em convênios do Ministério dos Esportes com municípios maranhenses”, a
estratégia era evidente. Fufuca utilizava a estrutura federal para irrigar
prefeituras aliadas no Maranhão, tentando consolidar sua imagem de pré
candidato ao Senado. Com a decisão partidária, porém, a fonte secou e o projeto
maior se inviabilizou.
A determinação da federação é clara: até 30 de setembro,
todos os filiados que ocupam cargos no governo federal devem entregá-los. Quem
resistir poderá sofrer punições que vão desde o afastamento até a expulsão da
legenda. No caso de Fufuca, o risco é ainda mais sério, pois a perda do mandato
de deputado federal é possível, já que a vaga pertence ao partido e não ao
parlamentar.
Apesar disso, fontes em Brasília apontam que Fufuca resiste a deixar a
Esplanada, a exemplo do ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil PA). O
apego ao prestígio do cargo pode, no entanto, acelerar sua queda. Entre as
consequências possíveis está a perda do comando do UP no Maranhão, posição que
lhe garante influência política local. O nome mais cotado para assumir a
liderança estadual é o deputado federal Pedro Lucas, visto como favorito da
cúpula partidária.
Na prática, a saída do ministério e uma eventual perda de espaço dentro do
partido colocariam fim ao projeto nacional de Fufuca e enfraqueceriam seu poder
regional. O sonho do Senado, portanto, naufragou antes de se consolidar. Agora,
a prioridade passa a ser a sobrevivência política, tentando assegurar uma vaga
na Câmara em 2026.
Fonte: Blog A Fonte

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