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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

SEÇÃO POESIA: INDIGNAÇÃO

       INDIGNAÇÃO
       Carlos Machado

Não posso aceitar sem me indignar
Vivendo num país cheio de gente malfazeja
Que hipocritamente fingem não ver
O povo sofrendo sem empacar

Gente miserável na rua
Gente pobre, nua
Nua pela incompreensão dessa minoria
Que explora indecentemente
Com políticas públicas imprudentes
Que não dignificam a nossa pobre gente

Quero o pão divido na mesa
A roupa limpa e engomada
Uma casa limpa e mobiliada
Condições básicas para uma vida honrada
Quero escola, segurança e prosperidade
Andar sem medo da insanidade
Que limita as ruas da cidade
Quero tomar uma cerveja tranquilo
Não ter medo de bandido

Não quero sentir saudade de tempos idos
E viver na angústia de um momento perdido
Quero viver o presente decentemente
E preparar o futuro tranquilamente

Não posso aceitar
Que continuem a me tratar como um lesado
Incapaz de perceber que estou sendo ludibriado
Não quero um país sucateado
Com poucos tendo os direitos resguardados
E a maioria sem os direitos conquistados

Quero um país livre da tirania
Dos que montados no capitalismo selvagem
Riem da nossa cara com ironia

Não quero perder a esperança
Nem morrer sem ver um dia
O Hino Nacional sendo cantado com alegria
A igualdade batendo na porta dos desiguais
Os bandidos sendo julgados nos tribunais
Com a cara estampada nas páginas dos jornais







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