Em uma pequena cidade, pacata, isolada e sem muitos atrativos, certo dia surgiu uma jovem e linda mulher que, bem vestida e bem penteada percorreu a cidade ante a admiração de todos. E assim, por muitos e muitos dias essa mulher surgia causando a mesma reação das pessoas.
Um dia, ao invés dos lindos trajes, dos penteados e adornos que a todos cativara, essa mulher surgiu caminhando pelas ruas da cidade completamente nua, sem adornos, com seus cabelos soltos. Imediatamente, todos começaram a injuriá-la e apedrejá-la por causa de sua atitude ofensiva.
Essa mulher era a Verdade.
E assim, exatamente como o povo dessa cidadezinha, nós agimos em relação à Verdade. Quando ela nos chega bem trajada, maquiada e adornada de acordo com nossos valores e crenças, nós a aceitamos, admiramos e a exaltamos.
No entanto, a Verdade nua, sem laços com nossos paradigmas, sem compromisso com nossa visão restrita, é tratada como calúnia e ofensa. A.D.
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