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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

“A HISTÓRIA É FILHA DO SEU TEMPO”

Quando se chegou por aqui, em 2009, algo muito estranho estava acontecendo. Talvez, você não lembre, mas é importante fazer um esforço, pois um dos maiores erros do ser humano é julgar e condenar sem conhecer a realidade e a verdade sobre os fatos. Os que lembram são conscientes das mudanças, das transformações que houveram nesses oito anos- de 2009 a 2016.

Mas, vamos começar pelo fim, ou os últimos dois anos. Em 2015, explodiu uma crise sem precedentes na história do Brasil. Com um gerenciamento desastroso, o PT derrubou nosso País na lona. Nocauteadas, as pequenas e médias prefeituras foram as que sofreram o maior impacto com a diminuição das receitas federais, queda constante no FPM, paralização das obras em convênio com o Governo Federal, corte de programas sociais e atraso no repasse de recursos.

Tudo ficou mais difícil: Diversas prefeituras Brasil à fora, praticamente, fecharam as portas. Quando não chegavam a tanto, passaram a atrasar o salário dos servidores. Sem dinheiro para investimentos e sem condições de manter o básico para a população, os mais pobres começaram a pagar e, ainda, pagam os efeitos devastadores da crise que se instalou no País.

Em Coelho Neto não foi diferente e com um agravante: houve mudança no Governo do Estado. Quando Flávio Dino assumiu, a situação que não era das melhores, em função da crise nacional, tomou proporções alarmantes, pois todos os benefícios que o Município recebia foram cortados, os que não foram suspensos tiveram seus valores diminuídos e repassados com enorme atraso.

A manutenção do pagamento de salários atualizado e dos serviços básicos foi uma questão de honra e competência administrativa diante que vinha acontecendo com as finanças do município. Enquanto outros Municípios, praticamente, fecharam as portas Coelho Neto manteve o ritmo necessário para não parar. Esforço e organização definiram o ritmo.

Mas, voltando ao início de 2009. O caos estava instalado. Em todas as áreas da administração os problemas se agigantavam. Na saúde, por exemplo, não dispúnhamos de um único hospital. Postos de saúde às moscas, sem condições de funcionamento; ambulâncias, no pátio da Secretária, desmontadas, caiam aos pedaços e, somente, uma funcionando para transportar pacientes para Caxias e Teresina. Uma situação desoladora.

Educação, Assistência Social, Esportes, lazer e agricultura eram outros setores públicos que estavam paralisados. Na infraestrutura os problemas eram enormes. Só para citar, a cidade estava cheia de crateras feitas pela empresa Jurema, a propósito de um fadado projeto de esgotamento sanitário que nunca foi para lugar nenhum.

Voltando à educação, quase ia esquecendo, os servidores haviam terminado de resolver as questões inerentes à maior greve já vista no Município: foram 32 dias de paralisação. Em praça pública a gestão era “detonada” pelos professores. Foi um período estressante de nossa história. Infelizmente, muitas pessoas preferem esquecer ou fingem não lembrar, tentando dar um ar de normalidade a um período crítico vivido pela população, principalmente, àqueles que mais precisavam de apoio do poder público.

Economicamente, Coelho Neto, sofria os efeitos do fechamento da fábrica Itapagé. O período “negro” da economia atingiu todos os setores da sociedade. Centenas de famílias deixaram a cidade, mudaram para outros locais em busca de sobrevivência. E, com a administração municipal inoperante as alternativas eram mínimas. O comércio, na cidade, que é fraco, entrou em colapso. Por fim, a situação vivenciada era caótica. O termo “terra arrasada”, no sentido não literal, faz jus ao período. O texto abaixo, de autoria do comunicador Milton Vieira, retrata de maneira mais enfática o que já foi dito:
“Ao assumir a Prefeitura em 1º de janeiro de 2009, Soliney Silva – PMDB- sabia que tinha que “trabalhar muito mais”. Em alguns setores era preciso recomeçar do zero! A exclamação é oportuna porque Soliney herdara uma cidade com problemas graves na infraestrutura e na urbanização: buracos por toda parte, ruas e avenidas intrafegáveis, um sistema educacional ineficiente, saúde na UTI, enfim, um caos! Creio não ser exagero, mas Coelho Neto se igualava a um cadáver em avançado estado de putrefação! Esta afirmação não ignora as boas intenções de gestores anteriores. Porém, ao nosso ver, faltou um planejamento administrativo destes voltado para os anseios dos coelhonetenses. E é exatamente aí onde o governo de Soliney Silva foi eficiente. Prova disso são os recordes de popularidade. Nunca, na história política de Coelho Neto, um governo se sustentou por tanto tempo no topo das opiniões”!
Não temos a intenção de fazer um resgate, total, das ações que foram realizadas e, nem tão pouco, “endeusar” à administração municipal. Mas, é certo que o sentimento de orgulho renasceu nos Munícipes. O empolgante trabalho feito, principalmente, nos primeiros 4 anos (2009-2012) e nos dois seguintes (2013-2014) rejuvenesceu a esperança de todos. Mas, aí, veio a crise nacional e a perseguição do Governo Estadual. As dificuldades advindas nos últimos dois anos (2015-2016) não trouxeram transtornos maiores porque a estabilidade e organização conseguidas nos anos anteriores serviram de baluarte para o enfrentamento da crise.
Compreendemos como obrigação do gestor fazer um bom trabalho, que vise melhorar as condições de vida (através da oferta de saúde, educação, assistência), de trafegabilidade, de geração de emprego e renda, de lazer... atender às necessidades da população não é favor. Entretanto, existem os que se esforçam com mais afinco e disposição na busca de condições para, efetivamente, realizar as mudanças. Nesse sentido, Soliney Silva, foi o responsável por uma das administrações mais profícuas e transformadoras que o Município de Coelho Neto recebeu ao longo da História, pós emancipação, começada em 1893.
Não temos a intenção de cansar o leitor, com um texto estafante, citando obras feitas e ações de governo realizadas no período, mas é singular transmitir para `àqueles que resolveram fechar os “olhos da consciência” ou que não tiveram conhecimento das mudanças ocorridas nos últimos 8 anos, uma rápida síntese do que fica de positivo para as gerações presentes e futuras: IFMA, UPA, centro de imagem, construção de postos de saúde ( Santana, Mutirão, Anil) e duplicação dos existentes, farmácia popular, CEO, Nasf, Laboratório de  próteses,  ambulâncias; duplicação das avenidas Coelho Neto e José Silva, 117 ruas com calçamento poliédrico, 32 ruas asfaltadas, mercado do produtor, reconstrução da Praça do Balão, semáforos, tratores com carretas e grades, caçamba, patrol, retro escavadeira, carro pipa, ônibus escolar, Escolas, valorização da cultura, valorização das festas tradicionais, quadras poliesportivas, complexo esportivo Tancredo Neves, reconstrução do Ginásio Uiran Sousa, expansão da rede de energia elétrica, expansão da rede de água, estradas vicinais, Programas de Assistência Social, 92 poços artesianos- mais que o dobro de todas as administrações, juntas-.  
As obras que foram conseguidas em parceria com o Governo Federal e, depois, paralisadas em avançado estágio de construção podem ser creditadas, pelo esforço empenhado, à gestão de Soliney Silva, cita-se: Escola Justino Bastos (praticamente construída), Escola com 12 salas no Bairro Olho D’Aguinha, Escola com 06 salas no Bom Sucesso; 03 postos de saúde (Centro, Conjunto José Reinaldo e Bom Sucesso) e 05 creches.
Certamente, ficará nos anais da História a contribuição relevante do Governo de Soliney Silva. Essa contribuição não custará a ser lembrada com resquícios de saudade e, então, será dada a verdadeira e merecida importância aos feitos constituídos. Mas, importante mesmo é a utilidade presente, das realizações, para a comunidade. Isso é inegável e por mais que se queria diminuir a suntuosidade do período não será possível, pois como escreveu Lucien Febvre “ a História é filha do seu tempo”.

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