Ainda não surgiu melhor definição para
democracia do que a fornecida por Churchill: é o pior regime imaginável com
exceção de todos os outros. Neste sábado, Dilma Rousseff decidiu associar-se ao
pelotão dos que cultuam as alternativas muito piores. Ao participar de
seminário organizado por alunos brasileiros da universidade americana de
Harvard, em Boston, a presidente deposta insinuou que a democracia brasileira
só terá futuro se Lula for canonizado.
Dilma declarou estar
muito preocupada com
o risco de que “mudem as regras do jogo democrático” no Brasil. “Vou dar nome
aos bois”, ela prosseguiu. “Me preocupa muito que prendam o Lula. Me preocupa
que tirem o Lula da parada. ” Ouviram-se risos na plateia. Mas Dilma não se deu
por achada: “Todo mundo aqui pode rir. Infelizmente, para as oposições, ele tem
nas pesquisas 38%. Com tudo o que fizeram com ele! Não acho que o Lula tem de
ganhar ou perder. Eu acho que ele tem de concorrer. ”
O contrário de um anti-Lula raivoso é um
pró-Lula ingênuo, que aceita todas as presunções de Lula a seu próprio
respeito. Em matéria de direito penal, isso inclui concordar com a tese segundo
a qual Lula, a “alma viva mais honesta” que a República já viu, tem uma missão
de inspiração divina a cumprir. Uma missão tão sublime que é indiscutível. Réu
em cinco ações penais, Lula continua sendo, para Dilma, uma superpotência moral
que não deve explicações senão à sua própria noção de superioridade.
Leia Mais no Blog do Josias de Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário