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sábado, 6 de maio de 2017

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO: BASTIDORES DO PODER

O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações brasileiro, lançado esta semana, é o mais caro do mundo. Contratado em 2013 pelo governo Dilma por R$2,8 bilhões, é semelhante a outros bem mais baratos. A Índia, por exemplo, que lançou seu satélite de semelhantes características 24 horas depois do Brasil, gastou R$227 milhões, doze vezes menos que o governo brasileiro. Em janeiro, o Japão gastou R$1,1 bilhão a menos para colocar um satélite idêntico no espaço.

DIFERENÇA BRUTAL
Em 2013, a Índia lançou outro satélite com banda X para comunicações militares, principal diferencial do artefato brasileiro, por R$460 milhões.

O americano SpaceX, que criou um foguete capaz de retornar intacto ao solo, custou R$1,3 bilhão para ser desenvolvido e lançado.

A China também lançou um satélite voltado para atuação militar, mas ao contrário dos outros países, não há qualquer menção sobre o custo.

O Ministério da Ciência se recusou a explicar os custos espetaculares do satélite brasileiro. A Telebrás alegou “não ser de interesse” explicar.

O devastador depoimento do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, nesta sexta (5), colocou o ex-presidente Lula com os pés na prisão. Diretor cujos negócios sujos financiaram o PT e petistas, nos governos Lula e Dilma, Duque declarou que Lula era o “grande chefe” da quadrilha e contou episódios que ilustraram essa afirmação, como quando o então presidente Lula lhe deu instruções para esconder em bancos no exterior o dinheiro roubado da petroleira brasileira.

Renato Duque não fez acordo de delação na expectativa de um milagre o salvasse da cadeia. Mas, condenado a quase 41 anos, resolveu falar.

Segundo Duque, Lula o chamou após Dilma mencionar contas dele no exterior. E orientou: “Não pode ter nada no teu nome, entendeu? ”

Ladrão confesso, o ex-gerente Pedro Barusco – que devolveu R$ 267 milhões roubados – era subordinado de Renato Duque, na Petrobras.

Falta muito para prender o comandante supremo e “grande chefe” do esquema de corrupção investigado na Lava Jato?

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