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domingo, 16 de julho de 2017

QUAL É O PREÇO DA INGRATIDÃO?

Gratidão é o reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor. Obviamente, que o ingrato é aquele que depois de ser beneficiado não demonstra nenhum sentimento de retribuição ou respeito ao benfeitor.

Durante 8 anos o ex-prefeito de Coelho Neto, Soliney Silva, manteve como servidores (em altos cargos) e em seus laços de amizade algumas personalidades que usufruíram de todas as vantagens empregatícias, de prestigio e do convívio do ex-prefeito.

Essas personalidades aplaudiam e elogiavam as ações governamentais e o governante, inclusive, com jargões conhecidos: “ o melhor prefeito da história de Coelho Neto”. Pois bem, as mesmas figuras que tanto elogiavam e aprovavam a administração começaram a mostrar as unhas da ingratidão tão logo o resultado da eleição de 2016 ficou conhecido.

Algumas dessas personalidades estão na Câmara Municipal. Alguns dos nossos estimados edis foram, longamente, agraciados em oito anos de administração. Alguns iniciaram a trajetória política com o apoio do ex-prefeito e outros se mantiveram. Enfim, todos eles, sem exceção, foram beneficiados, elogiavam a gestão e não viam erros administrativos.

Alguns dos edis que foram aliados, inclusive, votaram na prestação de contas de 2009 tecendo ardorosos elogios e através de discursos empolgados, na tribuna da Câmara, defendiam a aprovação tendo como argumento, principal, o parecer do Tribunal de Contas do Estado. O TCE aprovou as contas de 2009.

Novas contas da gestão de Soliney estão para serem votadas pelos vereadores. Novamente aprovadas pelo TCE, a prestação de contas recebe tratamento diferente e o ex-prefeito, também. Pelas informações obtidas, mesmo aprovadas pelo TCE, as contas devem ser rejeitas pelos vereadores, agora aliados do atual prefeito.

Ora, se o argumento usado para a aprovação das contas de 2009 foi a aprovação pelo TCE por que que o mesmo argumento não serve para balizar o voto dos edis na prestação que será votada dia 19 de julho, já que o mesmo TCE as aprovou? O que mudou? Como podiam usar um argumento para votar a favor, antes, e esse mesmo argumento não pode ser usado agora? Será se o fato de Soliney não ser mais o prefeito é o determinante? Se é assim para que serve o parecer favorável do TCE?

Corre à boca larga na cidade que é questão de honra do atual prefeito a rejeição das contas de Soliney. O Prefeito quer e, para tanto, os vereadores foram intimados a votarem contra, pois assim tornam o ex-prefeito inelegível. Não importa o parecer favorável do TCE e sim a vontade do Senhor Américo de Sousa.

Nenhum cidadão é obrigado a apoiar o erro. Ninguém é obrigado a concordar com o que está irregular. As contas estão irregulares ou não? Se existe um parecer favorável do TCE o que justifica a atitude dos ex-aliados de Soliney a votarem contra? Pelo visto, a grande questão é atender ao desejo do atual prefeito.

Qual será o preço da ingratidão? A ingratidão é uma atitude cruel, que deixa marcas profundas na consciência (quando ela existe). Dois tipos de políticos o povo não perdoa: os covardes e os ingratos. 

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