O nome dela é Naegleria Fowleri e ela
faz parte de um grupo chamado amebas de vida livre, que pode ser encontrado na
natureza. No caso da “comedora de cérebro”, ela pode estar presente em piscinas
aquecidas que não foram devidamente tratadas, poças, lagos, córregos, no solo e
até mesmo em grãos de poeira.
Não são todas das amebas de vida livre que causam
problemas para o nosso organismo, mas a Naegleria Fawleri pode
ser perigosa. O apelido de “devoradora de cérebro” não foi dado à toa. Ela
entra no corpo humano pelo nariz, quando uma pessoa mergulha e aspira água, e
atinge o sistema nervoso central – vai para o cérebro.
O parasitologista Danilo Ciccone Miguel, do
Departamento de Biologia Animal da Unicamp explica que, em pouco tempo, essa
ameba causa uma infecção no cérebro e nas membranas que fazem parte do sistema
nervoso, o que leva a hemorragias e edemas. Esta doença é chamada de
meningoencefalite amebiana primária (MAP) e os primeiros sintomas podem
aparecer uma semana depois do contágio. A doença tem um curso muito rápido e
pode levar à morte em uma ou duas semanas após a exposição.
No Brasil, existem diversos tipos de ameba de vida
livre, inclusive a Naegleria fowleri. Apesar disso, a comunidade
científica não registra casos de contaminação em humanos. De acordo com Ciccone
Miguel, já foram registrados pelo menos cinco casos de infecção por amebas de
vida livre, porém, para apenas um caso confirmou-se que a espécie Naegleria
fowleri foi a responsável pela morte do indivíduo. Mesmo assim, este
caso ainda é considerado contraditório. O que se pode afirmar com certeza é que
em 2009 foi confirmada a morte de um bezerro por meningoencefalite causada pela
ameba comedora de cérebro no Estado da Paraíba.
Esse tipo de ameba vive em águas mais aquecidas e é
resistente a altas temperaturas, suportando um aquecimento de até 45º C. Para
evitar o contágio, o ideal é não nadar em lagos ou lugares de água parada. Se
for fazer, o melhor é proteger o nariz para evitar que a ameba “comedora de
cérebro” entre no organismo. Vale ressaltar que uma pessoa infectada não é
capaz de transmitir este parasita para outra pessoa.
Fonte: R7
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