Os
partidos têm até o dia 15 de agosto para registrar no Tribunal Superior
Eleitoral os nomes dos candidatos à Presidência da República. Ou seja: faltam
seis meses. Há na praça, entre candidatos e pretensos candidatos, uma dezena de
nomes. A lista inclui até condenado. Mas, se a sucessão fosse uma feijoada,
haveria no panelão muito caldo e pouco feijão. Carne, nem pensar. A grande
pergunta é: o que pretendem fazer os candidatos? Ou, por outra: o que eles têm
a oferecer? O problema não é nem a falta de projeto, mas a sensação de que
todos o consideram desnecessário.
Muitos
dizem: ah, isso é assim mesmo. O brasileiro está noutra sintonia. Mal acabou o
Carnaval. O Tite ainda nem convocou a seleção da Copa. Por essa lógica, o
eleitor só vai acordar para a sucessão quando começar a propaganda dos
candidatos na televisão. Beleza. Tudo normal. Mas foi esse tipo de normalidade
que transformou a democracia brasileira num empreendimento político que saiu
pelo ladrão. Depois de tantos escândalos, imaginou-se que algo de anormal
aconteceria.
A
oligarquia política que caiu nas ratoeiras do mensalão e da Lava Jato se
rearticula para oferecer dois tipos de mercadoria nessa eleição: mais do mesmo
ou algo muito pior. Nesse exato momento, os principais candidatos montam suas
coligações. Seguem a mesma lógica maldita que colocou o Brasil no caminho do
brejo. Em troca do tempo de propaganda, negociam a alma com Jeffersons e
Valdemares, Jucás e outros azares. Só no final do processo aparecerão as ideias…
dos marqueteiros. E você, se não abrir os olhos, vai acabar elegendo a melhor
encenação, não o melhor candidato.
Fonte:
Blog do Josias
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