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sexta-feira, 6 de abril de 2018

A CORRUPÇÃO

Uma enorme boca
Um estômago insaciável
Surge da ausência de ética no corrupto
Então começa a devorar os bens públicos
Materiais e imateriais que pertencem ao povo...
Os corrompidos junto com o corrupto
Têm que sustentar tal esquema
Que quanto mais devoram
Mais precisam devorar
Como o prazer da droga
Que exige cada vez mais droga para o mesmo prazer!

A corrupção câncer de apetite sem fim
Que consome o corrupto
Que consome uma cidade
Que pode consumir um país
Até mesmo uma civilização
Que o digam os romanos!

Para se manter intacto e impune
O corrupto alimenta centenas... mil bocas...
Mesmo quando não mais está no poder
Ainda assim... continua a ser devorado
Pela criatura monstruosa que criou...
E quando nada mais tem
No desespero... na mais infinita angústia...
Se fraco se suicida
Se forte morrerá revoltado e contrariado...
A corrupção ácido que corrói suas bases
E que se implode pelo ódio colhido

...A morte física, que sucede a morte moral,
Ocorrerá invariavelmente...
No enterro os aliados não comparecerão
Visto não terem mais o que extorquir
Os amigos não comparecerão
Pois o corrupto já não os mais terá!

Apenas dois tipos de pessoas
Comparecerão ao sepultamento
Os familiares para se livrar logo do corpo
Que é símbolo da vergonha
E os falsos caridosos
Para mascarados pela piedade
Parecerem a todos serem bons!
A ponto de não deixar apodrecer em público
O fétido miserável improbo!

Valdecy Alves

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