Luto, divórcio, dificuldades financeiras e descoberta de grandes
problemas de saúde. Essas e algumas outras situações negativas e altamente
estressantes podem fazer com que o cérebro de homens de meia-idade envelheça
mais rápido. É o que sugere um estudo feito com 359 pacientes da Escola de
Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos.
Ao avaliar imagens de ressonância magnética, os pesquisadores observaram
que uma única adversidade pode acelerar o envelhecimento do cérebro de homens
em até 0,37 anos. Ou seja, a fisiologia do órgão pode ficar uma terço de ano
mais velha do que a idade real da pessoa.
Outros estudos já relataram como o envelhecimento do cérebro está
relacionado à deterioração biológica e ao envelhecimento prematuro, causado por
defeitos mitocondriais e oxidantes nas células, sistema imune debilitado ou
mudanças genômicas. Esse estudo, por sua vez, mostra algumas evidências de uma
possível relação entre envelhecimento molecular e mudanças estruturais do
cérebro em resposta a eventos muito estressantes.
Para o estudo, os participantes tiveram que contar os eventos que
mudaram suas vidas nos últimos dois anos. As respostas foram comparadas com
relatos dados por eles há sete anos, quando entraram para o VETSA, e, por fim,
foram realizados exames de ressonância magnética, dentre outras avaliações
físicas e psicológicas.
Os pesquisadores mensuraram aspectos fisiológicos do cérebro, como o
volume e a espessura do córtex cerebral, dentre outras áreas importantes para a
cognição humana. Após coletados, os dados foram analisados por softwares
avançados que preveem o envelhecimento do cérebro e indicaram a possível
relação entre eventos estressantes e a idade do órgão.
Fonte: Revista Galileu
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