Considerado por alguns analistas e admiradores
maranhenses como uma grife da política estadual no Congresso, o ainda
presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal,
Edison Lobão (MDB-MA), não conseguiu a reeleição e terminou o pleito em 4.º
colocado.
Segundo a contagem final de votos feita pelo
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, ele ficou atrás, pela ordem de
votação, de Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (PPS) e Sarney Filho (PV).
O gosto amargo da derrota e a desmitificação de que
era imbatível na eleição para o Senado Federal, porém, em nada se comparam
a algo ainda pior: fora do mandato a partir de 1.º de janeiro de 2019, Lobão
ficará sem o célebre foro por prerrogativa de função, correndo o risco de parar
nas mãos do juiz federal Sérgio Moro — e ainda ter o desprazer de ver a
eventualidade exposta no Sistema Difusora, no papel ainda pertencente a sua
família, mas atualmente controlado por Weverton.
Alvo da Lava Jato – ou de desdobramentos da maior
investigação da Polícia Federal sobre corrupção e propinagem do país –, o
emedebista poderá ter seus inquéritos remetidos para julgamento de Moro,
responsável pela operação na primeira instância, em Curitiba, conhecido e
reconhecimento por determinar a prisão de figurões da política.
Os inquéritos por suposto envolvimento corrupção,
inclusive, foram pesadamente utilizados contra ele durante as últimas semanas
da campanha eleitoral, pelo também candidato derrotado ao Senado Alexandre
Almeida (PSDB).
Ainda cacique em seu partido, Lobão corre o risco
de ser julgado por Sérgio Moro após quatro mandatos de Senador, tendo sido
eleito para o cargo pela primeira vez em 1986. Foi ainda governador do Maranhão
e ministro de Minas e Energia dos governos Lula e Dilma Rousseff, do PT.
Fonte: Atual 7
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