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sábado, 13 de outubro de 2018

O GOSTO DA SOLIDÃO

O GOSTO DA SOLIDÃO
     Carlos Machado

Gosto de solidão,
De correr pensamento arredio
Sem açúcar, sal e frio
Sentir-se triste controla a alma
Inibi a fala, que se cala
A solidão brota orbes imagináveis
Que não são vistos na realidade
Sendo eu sou imbatível
cantilenas não inquietam
O bem ou o mal não infestam
Nada afeta-me, anfetamina
sou único, inatingível
Sou eu, cheio de pecados e infernos
Que chuva lava no inverno
Sou o que sou na solidão
Sou respiro, sou livre, sou vivo
Não agrado para ser preciso
Se sou dejeto pouco importa
Na solidão não preciso de vintém
Nem de ninguém.

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