Elvis Presley foi um dos artistas mais famosos de todos os
tempos. Mas, proporcionalmente ao seu sucesso, sua vida pessoal era permeada de
polêmicas. Com um comportamento conhecidamente agressivo, o cantor tinha
hobbies um tanto quanto peculiares.
Além de atirar e destruir televisores, Presley também
buscava outras maneiras de demonstrar fisicamente sua fúria. Uma das pessoas
que viveu com os excessos de loucura do astro foi sua esposa Priscilla Presley, que falou sobre esses episódios em entrevista à
Barbara Walters.
"Ele tinha um temperamento. Era imprevisível. Seu
temperamento sempre foi uma explosão de frustração, mas acho que era porque ele
tinha poder e dinheiro para destruir, ele poderia substituir dessa
maneira", disse a ex-cônjuge com quem Elvis teve Lisa Marie Presley
Empresária, filantropa e atriz, Priscilla também
relembra o episódio acima citado sobre a destruição de televisões, o que para
ela pareciam substituir alguém que o cantor não gostava. "Ele apenas os
explodia no ar. Era simples assim e a televisão era substituída. Ele gostava de
armas e tinha uma coleção. Acho que era outra maneira de sentir esse
poder".
Parte do que viveu junto ao Rei do Rock foi relatado,
anos mais tarde, no livro Elvis & Me. Em um episódio marcante
negativamente, ela se recorda de quando sofreu violência doméstica por parte do
cantor.
Priscilla explica que o músico lhe deixou uma vez com
o olho roxo e, na ocasião, chegou a arremessar nela uma cadeira ao ouvir que
sua companheira não havia gostado de uma música que ele cantava.
Entretanto, o temperamento agressivo do cantor não se
resumiu ao período em que esteve casado com Priscilla. Afinal, Ginger Alden,
que foi a última parceira de Elvis, também relatou episódios violentos ao lado
do músico.
Em seu livro Elvis and Ginger, a atriz relembra quando
acordou desesperada no meio da noite com um barulho estrondoso de tiro.
"Me levantei e vi Elvis parado ao pé da cama, segurando uma pistola Magnum
57 na mão".
"Arrisquei olhar atrás de mim e vi um buraco de
bala na parede acima da cabeceira da cama. Olhei para Elvis, tentando entender
por que ele realmente havia acabado de fazer um buraco na parede". Segundo
conta, ele se justificou logo em sequência. "Disse que pediu iogurte
novamente e eu não respondi".
O episódio a marcou muito, deixando-a magoada com
Elvis por um tempo. Mas Alden conta que aceitou quando ele lhe pediu desculpas.
Porém, os momentos de estresse e loucura do Rei do Rock não demoraram muito
para aparecerem novamente.
Mais tarde, irritado com um vaso sanitário, Elvis
sacou uma arma e o “explodiu em pedacinhos “com uma arma que, segundo Ginger,
parecia uma “metralhadora”. Como consequência, ela foi até à casa de sua mãe e
só voltou depois que o músico pediu desculpas.
Mas o pior ainda estava por vir, o próximo alvo da
loucura do astro seria a própria companheira. Em março de 1977 ela também se
tornou vítima de agressões físicas. Tudo começou quando os dois estavam de
férias no Havaí.
Na ocasião, eles discutiam calorosamente quando a
atriz tentou entrar em outro quarto. Foi aí que Elvis interveio lhe dando “um
tapa na lateral do corpo”. Em seguida, ele vociferou: “Ninguém sai quando estou
conversando”.
O comportamento perturbado de um homem pressionado e
que tinha como hábito usar muitas drogas é relatado em ambos os livros de suas
ex-companheiras. Priscilla relembra quando Elvis teve a sensação de que as
pílulas poderiam tirá-lo disso.
“Ele passou por uma enorme quantidade de coisa. Era
esperado muito dele, muitas exigências. Ele não sabia como lidar com isso de
outra maneira. Ele realmente achava que tinha tudo sob controle", conta.
Em 16 de agosto de 1977, o astro do rock tomou tantos
remédios que seu corpo não aguentou. Ele foi encontrado no chão do banheiro de
sua casa, em Memphis, no Tennessee, por sua noiva Ginger Alden. Naquele ano,
ele já estava lutando contra um glaucoma e uma doença intestinal.
A autópsia revelou que Elvis tinha 14 substâncias
diferentes em seu sangue. Além do mais, o artista havia tomado uma overdose de
analgésicos, pílulas para dormir e antidepressivos. Os exames revelaram que o
Rei do Rock faleceu de arritmia cardíaca, provavelmente ocasionada pelo
coquetel de drogas que foi encontrado em seu organismo.
Fonte: AH
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