Hoje em dia, o termo Judas é sinônimo de traidor.
Segundo o que conhecemos, esse discípulo vendeu Jesus aos soldados Romanos por míseras 30 moedas
de prata, levando-o à morte pela crucificação. Assim, qualquer indagação
sobre a existência de um Judas histórico foi suprimida por mais de 2 mil anos
de escritos cristãos que o colocaram no papel de vilão.
"Ninguém conseguiu localizar nenhuma fonte de
Judas independente das recontagens das narrativas do Novo Testamento",
escreveu Susan Gubar, da Universidade de Indiana Bloomington, em sua obra
Judas: uma biografia. “Poucos versículos são dedicados a Judas na Bíblia, e
eles concordam apenas em ele ser o discípulo que entregou Jesus às autoridades
de Jerusalém.”
Os Atos dos Apóstolos, assim como os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e
João, contam apenas a história da traição de Judas. Não há menção ao seu local
de nascimento, de morte ou família. Mas todos concordam que esse homem, por um
motivo ou outro, entregou o Messias às autoridades romanas em troca de moedas.
Os quatro evangelhos o descrevem como a encarnação do
mal. Em alguns relatos, Judas foi dominado pelo espírito do diabo. Em outros,
ele era conhecido apenas por ser um ladrão.
Entretanto, outras versões são levantadas: alguns
historiadores afirmam que ele é o representante de uma facção de judeus radicais, os Zelotes, que
queriam se aliar politicamente com Jesus para confrontar os romanos.
Nesse caso, entregar o messias não seria traição, mas
uma tentativa de testar se o mártir poderia liderar os Zelotes em uma revolta
contra seus opressores estrangeiros. Ato perpetrado por um grupo de pessoas,
mas que historicamente foi personificado por apenas um homem: Judas, o Traidor.
Fonte: AH
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