Desde quando o túmulo de Herodes,
o Grande, foi descoberto perto de Belém, no deserto da Judeia, há mais de dez
anos, os arqueólogos vêm realizando escavações para revelar detalhes do gigante
palácio que o rei enterrou antes de sua morte, em 4 a.C.. A informação foi
anunciada pela AFP e divulgada pelo jornal The Times of Israel.
Após muitos esforços, o público poderá visitar partes
do famoso Herodium, o palácio que Herodes mais gostava e que decidiu
batizar com seu próprio nome. No topo de uma colina, com vista para a entrada
de Jerusalém, a
fortaleza é uma destinação turística disputada — e, a partir do próximo
domingo, 13, será mais ainda.
Além de anunciar que o local abrigará visitantes, os
pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém revelaram partes que estava
desconhecida até o momento. Muito mais que a sepultura do rei de Israel,
Herodium “é um laboratório arqueológico incomparável”, disse o arqueólogo e
chefe das escavações Roi Porat.
Os turistas poderão conhecer uma grande escadaria que
leva do túmulo ao saguão principal. Este, então, possui três níveis de arcos de
suporte e ricos detalhes decorativos. Afrescos com listras com as cores
castanho, vermelho, preto e verde, imitavam painéis de mármore.
Já na outra parte do saguão, do lado oposto, fica o
teatro privado de Herodes, com capacidade para 300 pessoas. Essa região do
palácio contém, ainda, uma cabine e sala de visita. No local, pinturas de
janelas abertas retratavam a conquista do Egito por Marco Vipsânio Agripa —
que conheceu a fortaleza em 15 a.C.
Sobre a sala luxuosa, Porat explica: “Antes
disso, Herodes seguia a tradição judaica que evitava imagens de
animais e pessoas, mas aqui tudo era possível”. E acrescenta que “é realmente
uma cápsula romana na Judéia”.
Descobertas arqueológicas milenares sempre
impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa
forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se
consolidou ao longo da história.
Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção
ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas
maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon,
o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma
das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de
pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.
Fonte: AH
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